Banco Mundial prevê crescimento econômico global lento e estável

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O crescimento global deve permanecer estável neste ano e no próximo, mas em mínimas históricas recentes, disse o Banco Mundial na quinta-feira, expressando preocupação especial com o crescimento nos países em desenvolvimento.

O crescimento deve atingir 2,7% em 2025 e 2026, em linha com o nível alcançado no ano passado, anunciou o Banco Mundial em um novo relatório, acrescentando que a inflação e as taxas de juros devem “diminuir gradualmente” durante este período. 

“O crescimento nas economias em desenvolvimento também deve se manter estável em cerca de 4% nos próximos dois anos”, disse o Banco, observando que esse foi um desempenho mais fraco do que antes da pandemia de Covid-19. 

O crescimento nesse nível seria “insuficiente para promover o progresso necessário para aliviar a pobreza e atingir objetivos de desenvolvimento mais amplos”, acrescentou. 

“A maioria das forças que antes ajudaram na ascensão se dissipou”, disse o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, em um comunicado, referindo-se às economias em desenvolvimento do mundo. 

“Em seu lugar, surgiram ventos contrários assustadores: altos encargos com dívidas, fraco crescimento de investimentos e produtividade, e os custos crescentes das mudanças climáticas”, acrescentou. 

Como sinal dessa desaceleração, o crescimento econômico per capita nos países em desenvolvimento desde 2014 – excluindo China e Índia – foi 0,5 ponto percentual menor, em média, do que nas economias ricas, segundo o relatório do banco. 

Em resposta a esse crescimento mais fraco, os países em desenvolvimento do mundo precisam desenvolver um novo manual para implementar reformas internas, disse Gill. 

Este manual deve incentivar maiores investimentos do setor privado, aprofundar as relações comerciais e promover um “uso mais eficiente de capital, talento e energia”, disse ele.

O Banco espera que o crescimento desacelere no Leste Asiático e no Pacífico, bem como na Europa e na Ásia Central, devido a uma combinação de fraca demanda interna na China e na Europa.

Por outro lado, a África Subsaariana, a América Latina, o Oriente Médio e o Norte da África se beneficiarão de uma demanda mais forte, levando a um crescimento mais robusto. 

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