Na sexta-feira, a OpenAI apresentou um plano para reformular sua estrutura corporativa no ano que vem, dizendo que criaria uma corporação de benefício público para gerenciar seus negócios em crescimento e aliviar as restrições impostas por sua atual controladora sem fins lucrativos.
De acordo com a estrutura proposta, a corporação de benefício público (PBC) administrará e controlará as operações e os negócios da OpenAI, enquanto a organização sem fins lucrativos contratará uma equipe de liderança e funcionários para iniciativas de caridade em setores como saúde, educação e ciência.
A OpenAI, uma das startups mais valiosas do mundo, começou em 2015 como uma organização sem fins lucrativos focada em pesquisa, mas desde então vem buscando fazer mudanças estruturais para atrair cada vez mais investimentos para financiar sua custosa busca por inteligência artificial geral (AGI), ou IA que supere a inteligência humana.
Sua última rodada de financiamento de US$ 6,6 bilhões, com uma avaliação de US$ 157 bilhões, dependia da capacidade do criador do ChatGPT de alterar sua estrutura corporativa e remover o limite de lucro para os investidores.
“Mais uma vez, precisamos levantar mais capital do que imaginávamos. Os investidores querem nos apoiar, mas, nessa escala de capital, precisam de capital convencional e menos personalização estrutural”, disse a startup apoiada pela Microsoft em um blogpost.
A OpenAI planeja transformar seu braço com fins lucrativos existente em uma corporação de benefício público, incorporada em Delaware, disse. O braço sem fins lucrativos da OpenAI tomaria ações da PBC a uma avaliação justa determinada por consultores financeiros independentes.
Seus rivais, como a Anthropic e a xAI, de propriedade de Elon Musk, usam uma estrutura semelhante.”(A estrutura) nos permitirá levantar o capital necessário com termos convencionais como outros neste espaço”, disse a OpenAI.