Angola vai poupar 48,5 milhões de dólares, no próximo ano, em pagamentos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) com a nova política de sobretaxas.
A informação foi avançada à Lusa pelo representante residente do Fundo Monetário Internacional em Angola, Victor Lledo.
“Para Angola, segundo as estimativas do departamento financeiro, a reforma da política das sobretaxas implica uma poupança, ao longo do próximo ano fiscal, ou seja, entre Maio de 2025 e Abril de 2026, de 36,5 milhões de unidades de Direitos Especiais de Saque, mais ou menos 48,5 milhões de dólares de poupança inicial”, esclareceu.
Na sequência do anúncio da nova política sobre estas sobretaxas, divulgada nos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial, em Outubro em Washington, o gestor vincou que para além da poupança no próximo ano, Angola beneficia também de uma redução do tempo de pagamento, que passa de 2028 para 2026.
“Angola teria de pagar essas sobretaxas até 2028, que é o ano até ao qual a taxa ficaria acima do limite de 187,5% da quota, mas como agora basta baixar de 300%, o país fica isento do pagamento, ou seja, paga por um período mais curto, e já em 2026 deixa de pagar sobretaxas”, acrescentou o representante residente do FMI em Angola.
As estimativas do FMI, salientou, apontam para “uma redução de 57,4% nos pagamentos em comparação com a política antiga”.
As sobretaxas são taxas adicionais para além das taxas de juros e das margens de lucro que o FMI cobra sobre os seus empréstimos, e são impostas sobre países que devem ao FMI um valor muito acima da sua quota, que é a contribuição de cada país para o FMI.Angola poupa 45 milhões de dólares com nova política de sobretaxas do FMI.