Crédito concedido à economia real atinge 1,5 biliões de kwanzas até Setembro

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O crédito bruto direccionado ao sector real da economia, entre Janeiro a Setembro, atingiu os 1,5 biliões de kwanzas, mais 145 mil milhões de kwanzas, em relação ao valor registado do mesmo período do ano transacto(2023), anunciou, quarta-feira o governador do Banco Nacional de Angola (BNA).

Manuel Tiago Dias discursava na abertura do seminário promovido pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), em parceria com a Associação de Seguradoras de Angola (ASAN), subordinado ao tema “Financiamento de Cadeias Produtivas Agrícolas e Segurança Alimentar”.

Dados apresentados indicam ainda que o valor alcançado, no período, representa um crescimento homólogo de 14 por cento.

No período em referência, “os créditos específicos concedidos para a produção de bens da cesta básica e outros produtos essenciais” totalizaram 1,2 biliões, que possibilitou a cobertura de 940 operações, o que representa 17 por cento do total da carteira de crédito dos bancos comerciais.

Este crescimento “significativo”, na opinião do governador do BNA, “reflecte a confiança das instituições financeiras e o compromisso contínuo com o desenvolvimento dos sectores produtivos”, cientes de que a melhoria no ambiente de negócios nacional, em particular no agronegócio, “está directamente associada à implementação do Aviso 10/2022 de 6 de Abril”.

Manuel Tiago Dias referiu que o presente momento é marcado por um abrandamento no ritmo de crescimento dos preços de bens e serviços na economia, sendo que a inflação mensal se situou em 1,55 por cento em Outubro, de acordo com os dados publicados ontem pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), período em que a inflação homóloga caiu para 29, 17 por cento”,o que permite aferir a desaceleração mensal da inflação desde Maio do corrente ano e a queda da inflação homóloga desde o mês de Agosto.

Segurança alimentar

A continuidade do financiamento ao sector produtivo, na óptica do gestor do banco central, “é fundamental para consolidar a estabilidade económica e promover o crescimento sustentável que Angola almeja”, assente no crescimento da produção interna com meta na redução das importações, o permitiu alcançar a relativa contribuição para a segurança alimentar em Angola.

“Temos observado a implementação de instrumentos normativos regulatórios, mas as nossas acções não se limitam a directrizes para as instituições supervisionadas, também visam fortalecer e criar estruturas institucionais em prol da implementação de políticas robustas articuladas, de forma a promover a integração de diversos operadores da sociedade, no sentido de tornar o nosso sistema financeiro mais inclusivo, por meio de operações que envolvam, entre outros, bancos comerciais, seguradoras, avaliadores e contabilistas, com foco central nos promotores empresariais”, disse Manuel Tiago Dias.

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