Luís Teles, CEO do Standard Bank Angola, afirmou em entrevista ao Expansão que considera improvável que a privatização do banco se concretize ainda este ano. Apesar do processo estar em curso, com o aumento da participação do grupo de 51% para 75% e a manutenção de 15% nas mãos do Estado através do IGAPE, Teles acredita que a complexidade da operação, especialmente a venda de 10% do capital em bolsa (IPO), exigirá mais tempo.
A concretização do IPO implica cumprir diversas etapas regulatórias, tanto em Angola como no estrangeiro, o que, segundo o CEO, torna difícil a sua conclusão em 2024. Teles realçou a importância de garantir uma operação bem-sucedida, com a devida diligência e foco na procura por parte dos investidores, em detrimento da rapidez do processo.
Apesar da privatização ser um marco importante para o banco, Teles afirmou que o impacto no crescimento orgânico da instituição será limitado. O Standard Bank Angola tem crescido de forma consistente, independentemente da estrutura acionista, e a sua estratégia de crescimento orgânico, focada nas PMEs e no retalho, continuará a ser o motor do seu desenvolvimento.