A Endiama Mining dedicou um investimentos na ordem de 40 milhões de dólares em projectos de prospecção no Luachimba, Lui de Mena e Sangamina.
A informação foi avançada, recentemente, ao Jornal de Angola, pelo director-geral, Pedro Galiano.
As acções no domínio mi- neiro permitiram, igualmente, a realavancagem e poten- ciação de outros projectos, casos do Uari e Luembe, que por razões técnicas e financeiras estavam à beira da falência.
Dados disponibilizados pelo gestor indicam que a Endiama Mining emprega toda a sua energia e capacidade em trabalhos de sondagem e terraplenagem na bacia de rejeitados do projecto Luele.
Pedro Galiano fez ainda saber que no percurso de cinco anos, a Endiama Mining registou várias realizações no domínio social, tendo entre as acções de grande impacto a distribuição de vários “kits” de saúde e proteção ao laboratório do Dundo e hospital do Lucapa, isto na Lunda-Norte, durante o fase da Covid-19. Também partilhou experiências e colabora com empresas como Catoca, Luele, na província da Lunda-Sul. No território da Lunda-Norte, segundo citou o director-geral, há o registo da presença da Endiama Mining nos projectos Lui de Mena, Luchimba Sangamina, Luembe e Uari, combinando uma “expertise” do domínio de prospecção e exploração de fontes primárias e secundárias, também mantendo participações nos Projectos Yetwene, Lulo, Luachimo, Tchegi e outros em fase de investigação e estudos.
Na retrospectiva apresentada em formato de balanço, Pedro Galiano descreveu, de igual modo, a necessidade de criação de um cenário que obedeça a uma maior transparência gerencial, tendo a empresa adquirido e colocado em funcionamento o sistema de gestão financeira SAP, implementação do sistema de qualidade ISO, compliance e canal de denúncias, assim como a adopção de uma política, completamente, voltada à responsabilidade social e sustentabilidade da exploração. Actualmente, a diamantífera possui todas as contas auditadas desde 2019 a 2023, sem nenhuma dívida de impostos, tendo contribuído, nesse período, com mais de 45 milhões de dólares em obrigações fiscais (basicamente saindo de valores próximos dos 150 mil kwanzas, em 2018, para 17 milhões de dólares até 2024).
Em relação à força de trabalho, a Endiama Mining saiu de dois trabalhadores, em 2018, para os actuais 268.
Cenários críticos como o de realavancagem do Projecto Uari, que tinha uma dívida avaliada em 180 milhões de dólares, sem possibilidade de recorrer à banca para empréstimos e realavancagem do mesmo, alta dívida com a AGT devido à falta de pagamentos de impostos, sem investimentos na área ambiental e social, com sistema de infra-estrutura, frota de equipamentos e acomodações completamente degradados, trabalhadores com falta de salários por cinco meses, sem seguros de saúde e de acidentes de trabalho, exigiram da operadora estratégias com bastante qualidade para trazer ao Uari os recursos necessários e parcerias para retoma da produção.