O governador do Banco Nacional de Angola destacou a estabilidade dos preços e do sistema financeiro nacional como as principais metas da sua missão para manter o ritmo de desaceleração da inflação.
Manuel Tiago Dias fez um balanço do trabalho que desenvolveu em Washington durante o período de 21 a 26 de Outubro.
O responsável disse que a inflação foi dos temas que dominaram as reuniões em que a equipa do BNA participou, nas quais apresentou o quadro geral do país.
Após os encontros, observou que a inflação global está a sofrer uma redução, apesar de permanecer num nível relativamente elevado.
E a recomendação aos bancos centrais foi de manter políticas monetárias restritivas, sobretudo em países com taxas de inflação de dois dígitos.
Em relação a Angola também considerou uma tendência de redução a partir do mês de Agosto em relação ao período homólogo.
Esta tendência deve permanecer nos próximos meses, desde que haja uma coordenação entre a política monetária, através do controle da liquidez em circulação na economia, e a oferta de bens e serviços.
Manuel Tiago Dias disse que, ao tomar medidas de política monetária, o banco central avalia os efeitos que terão sobre a estabilidade dos preços e do sistema financeiro nacional.
Além disso, também presta atenção ao comportamento real da economia, sobretudo no que diz respeito à produção de bens essenciais de consumo, uma vez que os alimentos são os que mais contribuem para o aumento dos preços na economia nacional
O Aviso 10, do Banco Nacional de Angola, e outros instrumentos, visam incentivar um aumento na produção de bens, segundo o governador.
Ao ajustar a oferta e de-manda por bens alimentares, aliada às medidas de política monetária, que devem ser tomadas pelo Banco Central, os requisitos para a redução contínua do ritmo de crescimento de preços na economia serão reforçados.
O responsável disse ainda que, quando a produção de bens e serviços estiver no patamar da demanda, haverá um equilíbrio da taxa de câmbio, uma vez que não será necessário recorrer de forma excessiva às importações para suprir o déficit de produção interna e de serviços.