Donald Trump promete reduções fiscais apenas para a compra de carros fabricados nos EUA

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À medida que as eleições se aproximam, os candidatos à Presidência dos EUA cimentam as relações nos estados garantidos e tentam conquistar os eleitores dos chamados swing states. Este conceito é utilizado pelos meios de comunicação social e engloba os estados nos quais nenhum partido ou candidato possui maioria absoluta nas intenções de voto, sendo o resultado imprevisível.

Por precisarem de conquistar esses eleitores incertos, os candidatos têm feito promessas e deixado potenciais medidas no ar. No dia 22 de outubro, num comício em Greensboro, na Carolina do Norte, Donald Trump prometeu conceder reduções fiscais para a compra de carros, salientando, contudo, que o benefício só se aplicará aos veículos fabricados nos EUA.

Não quero que isso beneficie outros países. Quero que nos beneficie a nós. A dedutibilidade dos juros é ótima, mas só se o carro for fabricado nos EUA.

Por que diabos nós lhes daríamos impostos se eles fabricam o carro na China, no Japão ou em muitos outros lugares que roubaram os nossos negócios ao longo dos anos?

Defendeu Donald Trump, não especificando se os benefícios fiscais estariam disponíveis para as fabricantes de automóveis estrangeiras que produzem carros nos EUA, incluindo o Grupo Volkswagen, a Toyota e a Hyundai, por exemplo.

Além dos benefícios fiscais para os compradores, Donald Trump comprometeu-se a impor taxas elevadas sobre os carros e outros produtos fabricados no México, na China e noutros países. Os economistas alertaram, contudo, segundo reportado, para o facto de isso poder provocar um aumento dos preços dos produtos domésticos e travar o crescimento económico.

Na quarta-feira, Donald Trump, que tem focado a sua campanha nas fabricantes domésticas e prometido restaurar a indústria, evocou aquilo a que chamou “dias de glória” da indústria automóvel americana. Partilhou que o seu pai – que nasceu em 1905 – considerava que a “definição de luxo” era comprar um Cadillac novo a cada dois anos.

Apesar de os resultados das eleições americanas não serem conhecidos, importa perceber o caminho que os candidatos à Casa Branca tencionam traçar. Pela sua dimensão, as decisões tomadas nos EUA impactam o mundo todo, bem como as suas economias.

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