Fundação BAI promove debate sobre a evolução da cultura angolana nos últimos 50 anos

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Promover um debate abrangente sobre a evolução da cultura angolana nos últimos 50 anos, identificando os desafios e oportunidades para o futuro, foi o grande objectivo da conferência ‘50 Anos de Cultura Nacional: Presente e Futuro’, promovida pela Fundação BAI, que reuniu especialistas, artistas, gestores culturais e decisores políticos, nos dias 22 e 23 de Outubro, na Academia BAI, em Luanda. Com curadoria de Rosa Cruz e Silva, a conferência incluiu painéis de debate em torno de temas como as indústrias culturais e criativas, o património cultural material e imaterial, o cinema e as artes visuais, bem como diferentes momentos culturais e de networking.

“Estamos aqui para celebrar a cultura e reflectir sobre o seu papel no desenvolvimento do nosso país, nos últimos 50 anos. Acreditamos que, através de eventos como este, podemos continuar a criar oportunidades para que os nossos fazedores de cultura expressem as suas ideias. Sabemos que a cultura tem o poder de transformar vidas, e é esse poder que queremos potenciar, garantindo que Angola continue a ser um país onde a diversidade cultural é respeitada e promovida”, afirmou Tchissola Mosquito, administradora da Fundação BAI, na abertura da conferência.

Durante dois dias, a conferência proporcionou uma plataforma para a troca de ideias e experiências entre os diversos agentes culturais, permitindo também a definição de estratégias para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam. 

“A Fundação BAI tem a honra de se posicionar, mais uma vez, como um pilar fundamental na promoção do desenvolvimento social e cultural de Angola. A nossa missão vai além do simples apoio financeiro a projectos. O nosso verdadeiro compromisso está na criação de oportunidades que permitam transformar vidas, resgatar valores e promover a inclusão. Acreditamos que a cultura, em particular, desempenha um papel vital na formação das pessoas e na coesão das comunidades. É através dela que transmitimos valores, fortalecemos identidades e criamos caminhos para todas as gerações”, salientou a administradora, destacando alguns dos projectos promovidos pela Fundação BAI, como o ‘Artes nas Comunidades’, o ‘Artes nas Escolas’ ou o ‘Projecto Mãos, Identidades e Património’, implementado na aldeia de Nzambi, na província do Uíge.

“Temos como uma das nossas marcas estratégicas pensar no futuro com sustentabilidade. E fazer isso implica necessariamente integrar a cultura nas nossas acções. O investimento na cultura é, para nós, um investimento no futuro de Angola. Envolvemos as pessoas das comunidades porque acreditamos que elas são elas os verdadeiros agentes de mudança. Damos-lhes as ferramentas, o espaço e o acompanhamento necessários para que possam exercer a criatividade e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação do nosso património cultural”, salientou a responsável pela Fundação BAI.

A abertura da conferência contou também com as presenças da secretária de Estado para a Cultura, Maria da Piedade, e do secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Alves da Silva.

“Este evento não é apenas uma reflexão sobre a nossa indústria de cultura nos últimos 50 anos, mas um verdadeiro encontro de ideias e projectos. É uma plataforma onde os diversos intervenientes podem partilhar as suas experiências, debater sobre o futuro da cultura angolana e encontrar formas inovadoras de promover a nossa identidade cultural, para os próximos 50 anos. O intercâmbio de experiências e a criação de redes de colaboração são fundamentais para que a cultura continue a ser um motor de desenvolvimento social e económico no nosso país”, defendeu a secretária de Estado para a Cultura. 

Sublinhando que “o impacto da cultura vai muito além das esferas artísticas”, Maria da Piedade realçou que “a cultura tem o poder de transformar mentalidades, de promover a inclusão e de gerar oportunidades económicas”. “Em muitos países, o sector cultural é uma importante fonte de emprego e de geração de renda. Angola não pode ser excepção. Devemos apostar na criação de indústrias culturais e criativas que possam, simultaneamente, preservar o nosso património e criar condições para o desenvolvimento sustentável das nossas comunidades.”

Inserida na estratégia da Fundação BAI de contribuir para o fortalecimento da realidade cultural em Angola, a conferência compreendeu a realização de quatro painéis de debate, subordinados aos temas: ‘Indústrias Culturais e Criativas em Angola: os próximos 50 anos’; ‘Património Cultural Material e Imaterial: desafios para a sua protecção e valorização’; ‘Cinema em Angola: os próximos 50 anos’; ‘Artes Visuais em Angola: os próximos 50 anos’.

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