Moradores do Kilamba devem ao estado mais de 551 milhões de kwanzas do consumo de água

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Os moradores da Centralidade do Kilamba acumulam, actualmente, uma dívida, ao Estado, de 551.073,67 milhões de kwanzas, pelo consumo de água, anunciou, este sábado, o presidente do Conselho de Administração da EPAL, Adão da Silva.

“Apesar dos esforços de sensibilização antes dos cortes, alguns cidadãos não acatam os avisos, e vandalizam os equipamentos, além de fazerem ligações clandestinas”, explicou.

Sublinhou que os actos de vandalismo incluem a destruição de variadores de frequência, disjuntores, conectores, cabos de potência, relés, barramentos de cobre e inversores eléctricos.

Disse que, em resposta, a EPAL está a colaborar com a administração municipal para reforçar a protecção dos equipamentos, em alguns quarteirões, como o S, X e Z, que já aderiram às medidas de protecção.

Salientou que outro grande desafio vivido pelos técnicos da Empresa Pública de Águas de Luanda é o acesso aos edifícios para realizar leituras dos contadores e efectuar cortes de água.

“Em muitos casos, os cortes são realizados por terceiros, que realizam religação de água sem autorização. Além disso, há um mau uso dos pontos de rega, o que resulta em desperdício de água, principalmente com a lavagem de carros, tapetes e passeios”, acrescentou.

Por outro lado, o administrador técnico local, Joelson Gomes, reconheceu que o elevado índice de vandalismo gera prejuízos significativos ao Estado, que poderiam ser destinados a melhorias em outros sectores.

Também desaconselhou o uso indevido dos pontos de rega, que estão a ser explorados para o garimpo de água, com jardineiros a venderem água a transportadores informais que depois revendem em bairros próximos.

Já o Presidente do Conselho de Moradores do Kilamba, Gaspar Pedro, apelou a um patrulhamento policial mais eficaz para combater a onda de vandalismo, classificando como “um reflexo da busca por uma vida fácil”.

Pelo facto, o morador Aniceto Neto, do quarteirão L22, mostrou-se descontente com o fraco patrulhamento, enquanto Josefa Casimiro, do quarteirão S27, afirmou estar cansada da vandalização de bens públicos e da falta da acção da polícia.

Em reacção, o administrador técnico local alertou para os riscos das obras não autorizadas nos apartamentos, como a demolição de paredes, que pode provocar fissuras e infiltrações, comprometendo a estrutura dos edifícios.

“Obras de melhoria, como retirada de mosaico ou pintura, são uma coisa, mas a demolição de paredes pode ter consequências graves”, concluiu.

A centralidade do Kilamba possui 24 quarteirões e o mesmo número de equipamentos de bombagem “Boosters” e está localizada a cerca de 40 quilómetros a sul do centro da capital Luanda, com 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito secundárias e 50 quilómetros de vias.

Centralidade foi inaugurada a 11 de Julho de 2011, e nela vivem aproximadamente 55.000 pessoas, incluindo vários serviços de apoio social nomeadamente um centro médico com funcionários em actividades 24horas por dia.

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