Sonangol projeta quota de produção petrolífera nacional de 10% em 2027

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A petrolífera angolana Sonangol deve atingir uma quota de produção nacional de 10% em 2027 e desenvolve ações para alcançar os 80 mil barris de petróleo dia nas mais de 35 concessões onde opera, disse hoje a administração.

Os projetos que nós estamos a realizar neste momento visam atingir estes níveis de produção (10%) e quando isto acontecer vocês vão poder constatar. Neste momento estamos perto dos 3% a 4% e o objetivo é chegar até 2027 a uma percentagem que seja próxima disso”, os 10%, respondeu hoje à Lusa o presidente do conselho de administração da Sonangol, Sebastião Martins.

O responsável, que falava à margem da cerimónia de abertura da 5.ª Conferência Angola Oil & Gas (AOG) 2024, que se iniciou hoje em Luanda, referiu que alcançar essa quota de produção petrolífera nacional tem como base de referência atingir os 80 mil barris de petróleo por dia.

“Estamos mais preocupados em atingir níveis de produção que abranjam os 80 mil barris de petróleo por dia onde nós operamos, porque não esqueçamos que Angola tem a Sonangol em mais de 35 concessões petrolíferas e do 1,1 milhões de barris de petróleo dia que se produz, o direito líquido da Sonangol são 200 mil barris de petróleo dia”, explicou.

Sebastião Martins disse que a petrolífera estatal angolana está igualmente comprometida na manutenção dos níveis de produção nacional, porque, observou, o “potencial existe” e “o executivo também tem dado o seu contributo na melhoria das condições fiscais e da legislação existente”.

“Cabe a nós trabalhar para que no final de contas estes 1,1 milhões de barris que estamos hoje a produzir se mantenha por mais tempo, porque Angola é um país que ainda depende deste grande recurso”, frisou.

Questionado se as metas da Sonangol não serão condicionadas pelo atual declínio da produção petrolífera no país, o presidente da petrolífera angolana sinalizou que o declínio é algo natural e está a ser contrariado com a “introdução de novos projetos que permitem contrabalançar” a situação.

“O pior é a produção estar a declinar e não se fazer nada, por isso é que a legislação em Angola está a melhorar, os termos fiscais estão a ser mais amigos e nós, intervenientes no setor de exploração e produção, investimos para que estes níveis de produção não vão abaixo os 1,1 milhões de barris”, argumentou.

Reafirmou a aposta da petrolífera na produção de energia limpa, com a “realização de projetos concretos” com parceiros nacionais e estrangeiros que se preocupam com as alterações climáticas.

“Quer dizer que, atualmente, a Sonangol já se vê como uma empresa de energia que cobre a cadeia de valor de todo o espetro que tem a ver com energia com baixo teor de emissão de gases com efeito estufa”, disse Sebastião Martins.

A conferência AOG 2024, aberta hoje pelo Presidente angolano, João Lourenço, decorre até quinta-feira, em Luanda, sob o lema “Impulsionar a exploração e o desenvolvimento para aumentar a produção em Angola”, congregando vários operadores nacionais e internacionais.

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