Reservas de diamantes de Angola atingem 131,7 milhões de quilates

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O país dispõe de cerca de 131.732 milhões de quilates em reservas, que multiplicando ao valor médio de 200 dólares corresponde a 140 mil milhões de dólares, anunciou, em Luanda, o director de Operações Mineiras e Gestão de Participações da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA).

Em declarações ao Jornal de Angola, Miguel Vemba, considerou que estes dados apontam que Angola tem assegurado inúmeras reservas que precisam de ser exploradas e isto implica encontrar mecanismos para retirar e recuperá-los de forma mais eficiente recorrendo às novas tecnologias.

O gestor da companhia diamantífera destacou a existência de 24 projectos em produção tendo ocupado uma área de aproximadamente 46 mil quilómetros quadrados, cujas vantagens das operações não só geram riquezas, mas também emprego e desenvolvimento.

Nesta altura, disse, existem mais de 20 projectos em exploração, 17 em operação e três em reestruturação, sendo quatro primários e 16 secundários. Já no sector de prospecção existem 54 projectos, dos quais 34 em execução efectiva e 20 em reestruturação, sendo dez primários e 44 secundários.

No primeiro semestre de 2024, o país produziu 5,6 milhões de quilates, um aumento de 36 por cento acima do período homólogo, que registou uma produção de 4,1 milhões de quilates.

O período em análise (2024), permitiu a comercialização de 3,18 milhões de quilates, 9 por cento acima do ano anterior.

O resultado alcançado, até agora, referiu, ajudou à geração de receitas através da venda de diamantes brutos e maior contribuição na melhoria de infra-estruturas e serviços na região, beneficiando as comunidades locais.

Quanto às contribuições fiscais, registaram um acréscimo de três por cento, face ao ano anterior, com um total de 45,55 milhões de dólares arrecadados em royalties e impostos. “O desafio consiste em encontrar formas cada vez mais capazes de extrair valores com vista a contribuição fiscal para o bem-estar social”, disse.

Níveis de receitas

Os resultados apresentados não reflectem apenas o quadro de produção como também os níveis de receitas, já que permitirá o país sair de uma margem que se situa em 1,5 mil milhões de dólares para 2,5 mil milhões de dólares por ano, apesar do contexto actual.

O sector de Diamantes conta com um total de 22.927 trabalhadores, dos quais 18.316 por contrato directo e 4.611 por contrato indirecto.

Em consequência dos trabalhos realizados, Angola consolidou a sua posição como o quarto maior produtor de diamante bruto no mundo, com uma produção industrial de 9,8 milhões de quilates, em 2023, proveniente das províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié, Cuanza-Sul e Malanje.

Segundo o responsável, o sector dos Diamantes em Angola tem demonstrado evolução com a adaptação às condições do mercado e manter a sua posição competitiva no cenário global.

No sector Extractivo, disse, a Endiama possui dois grandes projectos que estão neste momento em prospecção, designadamente Luachimba, em Lucapa (Lunda-Norte) que se encontra em fase bastante avançada devendo em 2025  entrar já em produção piloto e o Chamacanda.

Miguel Vemba fez saber igualmente que o programa Endiagro baseado na criação de projectos que tem por objectivo recuperar o valor das zonas mineiras através de investimentos na agricultura.

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