Setenta e nove 423 agentes recenseadores, distribuídos em mais de mil e 900 salas de aula, iniciaram, esta segunda-feira, nos 164 municípios do país, a última fase do processo de formação sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH), que inicia a 19 deste mês, em Angola.
Segundo o porta-voz da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo 2024, Hernani Pena Luís, a acção formativa, a decorrer num período de 10 dias, visa, essencialmente, dotar os agentes de campo com técnicas de persuasão eficiente no acto das entrevistas.
Em declarações à imprensa, hoje, o também director-adjunto do Instituto Nacional de Estatística sublinhou que, durante o período de capacitação, os recenseadores vão debater sobre os temas “Procedimentos de recolha de dados”, “O uso do sistema de recolha de informação”, “Protocolo, segurança e privacidade” e “Habilidades de comunicação”.
Assegurou que todos os recenseadores serão remunerados, tal como no Censo 2014.
A par dos agentes de campo, Hernani Pena Luís avançou que a acção formativa também vai abranger os profissionais da comunicação, esta terça-feira, em todo país, que vão reportar todas as incidências antes, durante e depois do processo censitário.
A última fase do processo de formação dos agentes censitários surge depois da realização da Actualização Cartográfica e o Censo Piloto.
O Censo será feito em todo território angolano, abrangendo todas as idades, incluindo os bebés e as crianças, que estiverem presentes em Angola durante o momento censitário, bem como inclui a contagem de todas as habitações do país.
Os estrangeiros que residem em Angola há mais de seis meses também serão recenseados.
O recenseamento é um dos acontecimentos mais importante do país, por permitir recolher informações de quantas pessoas tem o território nacional, onde e como vivem os cidadãos, com vista a melhorar a planificação dos investimentos nas áreas da habitação, energia, saneamento básico, escolas, postos de saúde, estradas e outros serviços essenciais.
Sob o lema “Juntos contamos por Angola”, o Censo Geral da População e Habitação/2024 será o terceiro na história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da independência de Angola, enquanto o segundo decorreu em 2014.
Esse processo tem como objectivo disponibilizar a base de dados para o planeamento, gestão e tomada de decisões, bem como construir uma base de amostragem para a selecção de amostras de inquéritos, junto dos agregados familiares.
Constam, igualmente, dos objectivos conhecer a estrutura da população para todas as unidades administrativas do país, reforçar a capacidade nacional técnica e material para conduzir recolhas futuras de dados.