Angola e Rússia a trabalhar para remover obstáculos às operações da mineradora de diamantes russa Alrosa em Angola, disse o embaixador angolano na Rússia, Augusto da Silva Cunha, à Sputnik no Fórum Econômico do Leste (EEF-2024), que está a decorrer em Vladivostok, na Rússia.
“É verdade que as sanções impostas à Rússia afetaram as operações da Alrosa na mina de Catoca. Mas, apesar disso, Angola e Rússia estão a desenvolver mecanismos para ultrapassar as dificuldades que surgiram”, disse o diplomata.
Ele enfatizou que Luanda não iria dificultar as negociações para uma maior cooperação.
Em junho, o vice-ministro das Finanças russo, Alexey Moiseyev, disse que a Alrosa queria colocar o ativo angolano em boas mãos e estava trabalhando construtivamente na venda.
Angola é um dos maiores países mineradores de diamantes da África.
A Catoca é detida pela empresa estatal angolana Endiama (41%), Alrosa (41%) e pela Lev Leviev International, registada na China; é a quarta maior mina a céu aberto do mundo e a maior empresa do sector diamantífero angolano, responsável pela extracção de mais de 75% dos diamantes angolanos.
A Alrosa é a maior empresa de mineração de diamantes, líder mundial em termos de produção e reservas de diamantes. 34% de suas ações são de capital aberto, o restante é de propriedade da Rússia e de sua região natal, Yakutia.
No ano passado, a produção de diamantes da empresa atingiu cerca de 34,6 milhões de quilates.