O Governo vai avançar com a privatização de 15% do capital da Unitel, operadora de telecomunicações líder do mercado local de comunicações móveis, reservando 2% para “a aquisição, em condições especiais, pelos trabalhadores e membros dos órgãos sociais da empresa, nos termos da lei”.
A operação será feita na Bolsa de Dívida e Valores de Angola, através de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla inglesa), segundo o despacho presidencial que determina a operação foi publicado em Diário da República e delega poderes na ministra das Finanças para avançar com o processo.
A Unitel pertence agora na totalidade ao Estado, através do Instituto Nacional de Gestão de Activos (IGAPE) e da Sonangol, depois de, em Outubro de 2022, terem sido nacionalizadas as participações de 25% da Vidatel e de 25% Geni na operadora de telecomunicações, que eram detidas pela empresária Isabel dos Santos e pelo general Leopoldino Fragoso do Nascimento, conhecido por “Dino”. Os restantes 50% eram controlados pela petrolífera estatal Sonangol.
Em 2020, a Sonangol tinha comprado a PT Ventures, empresa que controlava 25% da Unitel e que pertencia à brasileira Oi (e que era originalmente da portuguesa Portugal Telecom), por 939 milhões de dólares.