A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) divulgou que o volume acumulado de passageiros transportados no primeiro semestre de 2024 foi de 1.334.402, o que representa uma queda de 3,1% em comparação com o período homólogo. Em 2023, o total anual de passageiros transportados foi de 2.900.434, segundo apurou a revista Outside.
A diminuição no número de passageiros transportados reflete os desafios enfrentados pelo sector da aviação civil em Angola, que tem registado uma tendência de queda nos últimos anos. Um estudo realizado pela Aviação Angola revelou que o sector enfrenta problemas significativos, incluindo factores económicos, operacionais e os efeitos da recuperação pós-pandemia, que continuam a impactar o desempenho do sector.
Historicamente, o tráfego de passageiros em Angola atingiu o seu pico em 2010, durante o Campeonato Africano das Nações (CAN), quando foram registados 5.837.642 passageiros. Para efeitos de comparação, em 2008, o tráfego de passageiros foi de 3.645.266, e em 2014, o número chegou a 4.302.451. Desde então, a tendência tem sido de declínio, com uma queda notável nos últimos anos.
A ANAC destacou que, apesar dos desafios, há iniciativas em curso para revitalizar a indústria da aviação civil em Angola. Entre as medidas propostas estão melhorias na infra-estrutura aeroportuária e a atracção de novos investimentos para o sector. O objectivo dessas iniciativas é reverter a tendência de queda no tráfego de passageiros e fortalecer a aviação civil no país, tornando-a mais resiliente e capaz de enfrentar os desafios actuais e futuros.
A queda no número de passageiros transportados no primeiro semestre de 2024 sublinha a necessidade urgente de implementar essas iniciativas estratégicas. A ANAC e outras partes interessadas do sector estão cientes de que o sucesso da aviação civil em Angola depende da capacidade de adaptação às mudanças no ambiente global, bem como da implementação de melhorias que possam atrair mais passageiros e aumentar a competitividade do sector.
A revitalização do sector de aviação civil é vista como essencial não apenas para aumentar o tráfego de passageiros, mas também para impulsionar o crescimento económico do país, melhorar a conectividade nacional e internacional, e criar novas oportunidades de emprego. A ANAC continuará a monitorizar de perto o desempenho do sector e a trabalhar com parceiros para garantir que as metas estabelecidas sejam alcançadas.