Tesoureira do BCI que está a ser julgada pelo roubo de mais de 100 milhões kz está foragida da justiça

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Após ter comparecido nas primeiras três sessões de julgamento, no passado mês de Março, uma das principais arguidas no processo que está a ser julgado no Tribunal de Comarca de Luanda e envolve quatro funcionários do Banco de Comércio e Indústria (BCI), com posições de chefia, que no mês de Fevereiro de 2022 simularam um incêndio no banco e roubaram mais de 100 milhões de kwanzas da caixa forte, fugiu e está em parte incerta, divulgou o Novo Jornal.

Os acusados respondem ao processo em liberdade deste o início do julgamento, mas estiveram detidos em 2022, após o Serviço de Investigação Criminal (SIC) descobrir que foram eles que simularam incêndio e roubaram os milhões kz da agência do banco em Viana.

Depois de ter assistido às três primeiras sessões de julgamento, a tesoureira, que é uma das principais suspeitas do assalto, não mais voltou ao tribunal e colocou-se em fuga, estando agora em parte incerta, assegurou fonte do processo ao Novo Jornal.

O tribunal já emitiu um mandado de busca e captura, mas as autoridades policiais estão com dificuldade de encontrar a mulher.Fontes do SIC asseguram que há familiares a encobri-la, mas os trabalhos de investigação para a sua detenção prosseguem.

A acusação refere que mesmo na presença de uma equipa multidisciplinar do BCI, a tesoureira demorou, com artimanhas, a abrir a caixa forte do banco. Depois de a abrir, prossegue a acusação, deu-se conta do furto dos 101 milhões de kwanzas.

Um oficial das Forças Armadas Angolanas, pertencente à Marinha-de-Guerra, que participou no assalto, foi morto pelo SIC um dia após o assalto, quando era perseguido, na zona do Zango III.

A gerente e o subgerente do banco, a tesoureira e outro funcionário são arguidos no processo e acusados de abuso de confiança, danos, sabotagem informática, furto e associação criminosa.

Para o cometimento do crime, os arguidos desligaram o circuito das câmaras de vigilância e no último acto de dispersão, após tirarem os milhões, simularam um incêndio na dependência em causa.

Conta a acusação que os arguidos não sabiam que havia uma câmara que funcionava de modo autónomo, que não deixou de filmar o seu ângulo de cobertura.

Segundo a acusação, tão logo se deu o falso incêndio, a gerente da agência, que se encontrava em gozo de férias, apareceu no banco, o que levantou suspeitas. Disse que foi chamada por uma colega que lhe disse que na agência tinha havido um incêndio, o que a colega negou em tribunal.

A gerente, de 51 anos, nega ser a principal mandante do crime e assegura que foi “tramada” pelos seus colegas. Este crime ocorreu a 16 de Fevereiro de 2022, na agência do BCI, na vila sede de Viana.

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