Construção da refinaria de Cabinda encontra-se já a 60%

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Com a capacidade para produzir 30 mil barris de petróleo na primeira fase, a construção da refinaria de Cabinda está já em 60%, segundo avançaram dois quadros seniores da Gemcorp, citados pela African Energy.

A Refinaria de Cabinda íntegra a estratégia de Angola de optimização dos seus recursos minerais, com a aposta na transformação do crude em produtos comercializáveis no mercado interno e nos mercados limítrofes, assim como a consequente redução da dependência de produtos refinados importados.

Segundo a construtora, a primeira fase da refinaria vai fornecer cerca de 10% da procura doméstica de produtos refinados, disponibilizando por essa via uma fonte confiável e local de combustíveis essenciais. Este empreendimento não só promove a autossuficiência energética de Angola, como também impulsiona a economia local, com 95% da força de trabalho a ser contratada na província de Cabinda.

“Cabinda vai ser a primeira refinaria de Angola construída após a independência do país, em 1975. Apesar de ser um dos principais produtores de petróleo em África, Angola importa uma parte substancial dos produtos refinados que consome. Este projecto não só vai melhorar a autossuficiência energética do país, como está já a criar empregos e a fortalecer a economia local”, destacou Felipe Berliner, Gemcorp Group Chief Investment Officer, na entrevista à African Energy.

Cabinda será a primeira refinaria de África sem queima de gás, capturando o gás e convertendo-o em líquidos de gás natural (NGLs). Esta abordagem inovadora reflecte o compromisso da Gemcorp com as práticas sustentáveis de defesa do ambiente e com o recurso a tecnologia de ponta, para aumentar a eficiência final.

Já Marcelo Hofke, CEO da Cabinda Oil Refinery, disse também à African Energy que “a construção modular da Refinaria de Cabinda permite mitigar os riscos de construção e minimizar os atrasos no financiamento. Esta abordagem faseada tem sido vantajosa, permitindo-nos desenvolver uma base documentada de capacidades locais e uma cadeia de fornecimento eficiente, com as quais estamos a atingir resultados em linha com as perspectivas de fecho do projecto”.

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