O Governo angolano anunciou hoje que o investimento estimado para a construção do Metro de Superfície de Luanda (MSL) é de 1,9 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros), sem avançar datas para o início da empreitada.
De acordo com o secretário de Estado dos Transportes Terrestres de Angola, Jorge Bengue, a construção do MSL, cuja primeira fase compreende 60 quilómetros no traçado Avenida Fidel de Castro Zona Verde Sequele e o Ramal ZEE/Aeroporto Internacional António Agostinho Neto, faz parte do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027.
O governante, que apresentou hoje o Programa de Expansão e Modernização do Setor dos Transportes e Logística de Angola, referiu que o MSL, que deve fazer parte da rede de transportes públicos integrada, compreende um total de 149 quilómetros.
O consórcio Siemens Mobility e Empresas de Construção Civil serão os empreiteiros desta obra, cuja data para o arranque não foi avançada pelo responsável.
Jorge Bengue, que falava no âmbito do espaço “Comunicar Por Angola”, iniciativa do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, deu conta de que estão já em fase final estudos para a construção do MSL.
“Foi definido um traçado prioritário, este é o traçado sobre o qual incidiram os últimos estudos, do ponto de vista de detalhes técnicos, para arrancar já existem autorizações, há um esforço à volta de 1,9 mil milhões de dólares, são as projeções que o estudo aponta do ponto de vista da estimativa de custos”, referiu.
O Metro de Superfície de Luanda está enquadrado no programa para a melhoria da mobilidade urbana da capital angolana que conta com mais de 10 milhões de habitantes, espalhados por nove municípios.
Bengue adiantou, por outro lado, que o Governo angolano não aprovou a implementação de teleférico para Luanda, referindo que não trata de um projeto em concreto, mas apenas uma proposta apresentada ao Governo da Província de Luanda (GPL).
“É um tema sobre o qual não temos opinião técnica por não ser algo que tenha sido aprovado pelo Governo”, respondeu aos jornalistas.
O GPL apresentou, em finais de junho, um estudo preliminar para um projeto de teleférico na capital angolana, com capacidade de transportar até oito mil utilizadores nos dois sentidos de cada trajeto.
Segundo um comunicado do GPL, este sistema de transporte aéreo, que conta com a participação da empresa de origem portuguesa Casais, “pretende auxiliar na mobilidade no casco urbano e arredores”.
O secretário de Estado para os Transportes Terrestres de Angola realçou também a transformação digital e a descarbonização do setor dos Transportes constam das prioridades do pelouro ministerial, dando nota que ainda este mês deve ser aprovado o pacote legislativo da eletromobilidade.
“Uma equipa técnica elaborou já o plano nacional da eletromobilidade onde constam os passos concretos que devemos dar no âmbito da descarbonização do setor”, assegurou.