A Sonangol, a Total Energies e a Petronas assinaram, segunda-feira, em Luanda, um acordo de parceria conjunta para a exploração e produção de petróleo, no Projecto Kaminho do Bloco 20, num investimento avaliado em seis mil milhões de dólares e que deve garantir uma produção diária de 70 mil barris/dia.
O projecto Kaminho do Bloco 20 contempla os campos Cameia e Golfinho, localizado a 100 quilómetros da costa de Luanda e entra em operação até 2028.
O Bloco 20 possui reservas petrolíferas avaliadas em 400 milhões de barris de petróleo. A Total Energies detém uma participação de 40 por cento, a Petronas (40) e a Sonangol (20) para a exploração e produção de hidrocarbonetos na Bacia do Kwanza.
O presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Paulino Jerónimo, e o director-geral da Total Energies Angola, Martin Deffontaines, foram os signatários da cerimônia oficial de investimento do Projecto Kaminho do Bloco 20, da Bacia do Kwanza.
A par do acordo de parceria para exploração do Projecto Kaminho do Bloco 20, a Sonangol e a Total Energies rubricaram, igualmente, um Memorando de Entendimento de Pesquisa e Desenvolvimento, Descarbonização da Indústria de Petróleo e Gás e Energias Renováveis.
O acordo rubricado entre as duas petrolíferas consta do programa político de transição energética do Executivo.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, o acordo oficial de investimento do Projecto Kaminho do Bloco 20, materializa o compromisso e os esforços desenvolvidos pelo Governo, através do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gas, ANGP, Total Energies, Sonangol e Petronas. Para o PCA da Sonangol, este acordo irá contribuir para o aumento dos níveis de produção nacional de petróleo bruto e gás natural, bem como aumentar as receitas do país.
O presidente da Total Energies, Patrick Pouyanné, que , ainda ontem, foi recebido pelo Chefe de Estado, João Lourenço, enalteceu o ambiente de negócios estável em Angola, tendo sublinhado que o projecto inclui tecnologia alinhada ao portfólio da petrolífera francesa, com o baixo custo e baixas emissões de gás estufa.
As empresas OneSubsea e Saipem, que operam, igualmente, no sector petrolífero, rubricaram contratos de trabalho com a Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), para a prestação de serviços no Projecto Kaminho do Bloco 20.
A cerimónia oficial da decisão final de investimento do Projecto Kaminho do Bloco 20 contou com a presença de vários membros do Governo e das empresas.
“Projecto contribui para sustentabilidade”
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse, ontem, no final do acto da assinatura do acordo oficial de investimento do Bloco 20, que o projecto irá contribuir para a sustentabilidade da produção nacional de petróleo a médio prazo e gerar receitas adicionais para o Estado angolano.
De acordo com Diamantino Pedro Azevedo, as instalações de produção do Projecto Kaminho, do Bloco 20, estão projectadas para minimizar as emissões de gases de efeito estufa, reinjeção total de gás associado nos reservatórios e eliminação da queima rotineira de gás. Tal, irá contribuir para a descarbonização das operações petrolíferas.