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CPLP detém quarta maior zona económica do mundo com Brasil e Portugal na frente

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A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) detém a quarta maior Zona Económica Especial (ZEE) do mundo, com o Brasil (47%), Portugal (22%) e Cabo Verde (10%) à frente em termos de área territorial.

Segundo dados da direção para os Assuntos Económicos da CPLP, a que a Lusa teve acesso, à margem do 14.º Fórum Água, Energia e Ambiente, que decorre em Luanda, a área total da ZEE exclusiva dos países do bloco lusófono é de cerca de 7,9 milhões de quilómetros quadrados.

Depois do Brasil, Portugal e Cabo Verde, surgem Moçambique (8%), Angola (6%), Guiné Equatorial (4%), enquanto Guiné-Bissau, São Tomé e Timor-Leste ocupam as posições seguintes com 1% cada, em termos de quotas territoriais da ZEE da comunidade.

O pilar económico da CPLP, cuja agenda tem como base sete eixos, nomeadamente a promoção do comércio, promoção do investimento, capacitação institucional e empresarial, entre outros, é uma iniciativa da presidência rotativa de Angola.

Neste fórum, promovido pela Organização de Jovens Empresários da União Europeia (JEUNE), em parceria com a direção da ZEE Luanda-Bengo, foi também avançado que a CPLP, com aproximadamente 300 milhões de habitantes, é a quarta maior produtora de gás e detentora de 14% dos recursos hídricos de água doce do mundo.

Alberto Carvalho Neto, presidente da JEUNE, destacou a parceria de trabalho com a ZEE, sinalizando que o encontro permite discutir “sem tabus” os desafios que existem no acesso à energia, água e em projetos de ambiente, visando criar sustentabilidade e crescimento inclusivo.

O diretor de Infraestrutura e Manutenção da ZEE angolana, Aguinaldo Delgado, deu conta que a instituição pública possui neste momento 132 megawatts de energia disponível e consome apenas 68.

“Isto significa que em termos de disponibilidade a ZEE tem um superavit (…). Neste exato momento temos capacidade para atender a demanda e com o superavit de 50%”, disse à Lusa, acrescentando que o organismo tem ainda uma capacidade de armazenamento de 3.800 metros cúbicos de água e um consumo diário de 2 mil metros cúbicos.

Apesar da referida capacidade instalada no domínio da água, Aguinaldo Delgado reconheceu, por outro lado, que a ZEE também é afetada pelos problemas que se registam no país no domínio da captação e distribuição.

“Se tivermos em conta que a captação e a distribuição de água está diretamente relacionada à necessidade de energia, sempre que temos problemas de energia obrigatoriamente temos problemas com a água”, frisou, recusando que a situação condicione investimentos naquela unidade.

A ZEE angolana conta atualmente com 136 unidades fabris das quais 89 em operação.

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