A PetroAngola desafia os empresários angolanos a explorarem as oportunidades de negócio que a ZIC (Zona de Interesse Comum) entre Angola e República Democrática do Congo (RDC) poderá conceder nos próximos tempos, colocando em prática um processo de internacionalização “ambicioso”.
Segundo o presidente do Conselho de Administração, Patrício Quingongo, ao Jornal de Angola, o Acordo ZIC tem potencial para garantir “o sucesso das empresas angolanas, possibilitando que elas liderem uma parte significativa do mercado de petróleo na República Democrática do Congo (RDC)”.
O PCA da PetroAngola tem uma opinião bem formada sobre o mercado do Congo Democrático, desde as necessidades em termos de “know-how”, até às suas potencialidades em termos de recursos humanos. Para ele, os angolanos podem assumir o papel de “pivot”, permitindo-lhes ainda entrar noutras regiões “riquíssimas” da RDC.
Angola e a República Democrática do Congo partilham uma vasta fronteira terrestre, marítima e fluvial e nos últimos anos cresce o contrabando de combustível na zona comum, denunciadas constantemente pelas autoridades.
O Governo da RDC espera, com as potenciais reservas inexploradas, poder obter capacidade para produzir até um milhão de barris de petróleo por dia, com o que o país poderia gerar rendimentos petrolíferos de mais de 30 mil milhões de dólares por ano.
O potencial da área está estimado em 22 mil milhões de barris de petróleo bruto, distribuídos em três bacias sedimentares e 66 mil milhões de metros cúbicos de gás metano no Lago Kivu, o que leva a investimentos que estão a impulsionar a RDC entre os maiores produtores continentais de petróleo e gás
A repartição dos rendimentos da concessionária em 50% para cada país, a definição da Chevron, operador do Bloco 14, como o escolhido para a ZIC, bem como a atribuição à Sonangol e à Cohidro (RDC) de participações de 10% cada foram alguns dos entendimentos.
Ficou ainda acordado que os custos da pesquisa das duas empresas (Sonangol e Cohidro) seriam financiados pelo grupo empresarial (Carry), sendo a legislação fiscal a aplicar a angolana e a ANPG líder das negociações .
A PetroAngola é uma empresa angolana de consultoria especializada em petróleo e gás.