O preço do litro de gasóleo passa a partir de hoje a ser comercializado a 200 kwanzas, lê-se num comunicado do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, assinando pelo director do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP).
Antes da actualização dos novos preços a serem praticados em todo o território nacional, o litro do gasóleo custava 135 kwanzas.
No documento em posse da Revista Outside, Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo, indica que o preço dos demais produtos, em regime de preços fixos, com destaque para a gasolina, petróleo iluminante e gás butano, mantem-se inalterados.
O regulador avança que a subida do preço do gasóleo enquadra-se no âmbito do processo de ajustamento gradual dos preços dos produtos derivados do petróleo do Executivo, que deliberou o ajuste até 2025 desses produtos, para os níveis de mercado, segundo o mecanismo de ajustamento flexível e paridade de importação ou exportação, aprovado por Decreto presidencial.
A medida não é nova, aliás, o próprio Orçamento Geral de Estado para 2024 já deixava claro antes da sua provação de que os preços dos combustíveis e da electricidade iriam aumentar no presente ano. Apesar desse aumento de preços, contrariamente ao que faz o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Governo é demasiado optimista ao antever uma inflação no final do ano de apenas 15,3% no final de 2024.
Em 2023, o Presidente da República, João Lourenço, já tinha deixado o aviso no discurso à Nação de que iria manter o processo de remoção da subsidiação estatal à gasolina e ao gasóleo em 2024. OGE 2024 mantém essa intenção acordada com o FMI e com o Banco Mundial e revela que será feito de forma gradual até 2025, após ter arrancado em Junho de 2023, quando a gasolina subiu de 160 para 300 kwanzas, um aumento de quase 100%.
Apesar do aumento salarial de 5% e mais recentemente um incremento de 30 mil kwanzas anunciados pelo Presidente João Lourenço aos salários da Função Pública, é insuficiente para compensar a perda de poder de compra, e do aumento do escalão de isenção em IRT para 100 mil Kz, na actual conjetura, nem tudo são boas notícias para as famílias angolanas.