A Unitel, maior operadora de telefonia móvel do País, que arrancou em 2001, com as suas actividades, reúne no próximo dia 17 de Maio, todos os seus accionistas, para deliberar sobre o relatório de gestão e contas do ano de 2023 e o parecer do Conselho Fiscal, lê-se num documento assinado por Leonel Augusto, vice-presidente da Assembleia Geral da instituição.
São cinco pontos a serem discutidos, entre eles, a deliberação sobre a proposta de aplicação dos resultados do exercício do ano anterior; a apreciação do desempenho da administração e da fiscalização da sociedade, referente ao mesmo período.
Já foi das maiores empresas rentáveis do país, mas em 2022, a maior telefonia móvel, viu os seus lucros a caírem para 33,8 mil milhões de kwanzas, contra os 93,8 milhões Kz contabilizados em 2021, uma queda de 64%.
Em parte, a redução nos lucros da Unitel está associada ao resultado financeiro negativo que a operadora contabilizou no ano de 2022, quando há três anos, contrariamente, obteve um encaixe de 71,9 mil milhões kwanzas.
O resultado financeiro negativo decorreu de perdas monetárias estimadas em cerca de 51 mil milhões Kz, em consequência da variação cambial que foi desfavorável para a empresa, bem como os juros a pagar às firmas Vidatel, de Isabel dos Santos, Geni, do general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, PT Ventures, controlada pela brasileira Oi, e MS Telecom, detida pela Sonangol.
Desde Janeiro de 2022, o Estado é dono único da Unitel, quando na altura saiu da sociedade do general Leopoldino Fragoso do Nascimento do capital da companhia onde detinha 25% das participações sociais.
A perda dos 25% do capital na UNITEL pelo General Dino foi tornada pública no mesmo de Janeiro de 2022, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), através de uma nota distribuída à imprensa.
Depois do General Dino ter perdido a posição de accionista na empresa – quando já tinha saído a empresária Isabel dos Santos, por via da sua empresa Vidatel – o Estado assumiu, assim, o controlo de todo o negócio, por via do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
A Unitel é uma das empresas que se encontram da lista das joias de coroa a serem vendidas em breve, via oferta pública, negócio que será encabeçado pela Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA).