O grupo chinês Huawei anunciou que o lucro líquido em 2023 mais do que duplicou (+144,4 por cento), em termos homólogos, para cerca de 87 mil milhões de yuans (10,04 mil biliões de kwanzas).
A empresa de telecomunicações, que não está cotada em bolsa, acrescentou que o volume de negócios aumentou 9,6 por cento, em termos homólogos, para cerca de 704,8 mil milhões de yuans (83,39 mil biliões de kwanzas), num comunicado divulgado, ontem, sobre o último exercício financeiro.
Após ter sido alvo nos últimos anos de sanções impostas pelas autoridades norte-americanas, a Huawei atribui agora a melhoria dos resultados a uma gama de produtos “melhorada”, ao “aumento da qualidade” das operações e aos ganhos obtidos com a venda de algumas subsidiárias.
Os resultados estão “em linha” com as previsões internas da empresa, afirmou o presidente rotativo do grupo, Ken Hu.
“Passámos por muitos momentos difíceis nos últimos anos, mas, desafio após desafio, conseguimos crescer”, afirmou, agradecendo aos clientes e parceiros a sua “confiança e apoio”.
“Foi isso que nos ajudou a seguir em frente, a sobreviver e a continuar a crescer”, acrescentou Hu, antes de avançar que o foco futuro da empresa será a qualidade dos produtos, algo que a Huawei quer transformar numa das suas “principais forças competitivas”.
De acordo com os dados da consultora Canalys, os telemóveis top de gama da Huawei conquistaram uma quota de mercado global de 5,0 por cento naquele segmento, em 2023, mais 2,0 por cento do que em 2022.
Isso foi possível graças à nova linha de dispositivos, o Mate 60, que foi apresentado em Setembro e gerou grande entusiasmo entre os consumidores chineses por supostamente empregar um semicondutor avançado que representa um grande progresso para a indústria nacional de semicondutores, apesar das sanções dos EUA.
As receitas também aumentaram em 2023 no segmento “energia digital” (+3,5 por cento), serviços de computação em nuvem (+21,9 por cento) e soluções para carros inteligentes (+128,1 por cento).