O prazo de subscrição às acções da ACREP, segunda maior companhia privada do País no sector da extracção de petróleo e gás, terminou hoje, às 15:00, a oferta pública em bolsa que abriram pela primeira vez a 19 de Fevereiro.
O período inicial para o encerramento estava previsto para 1 de Março, mas faltavam por comprar 10% por parte dos investidores, para fechar os 37,47% das acções a serem alienadas.
A alienação destes activos por via da Bolsa de Valores de Dívida e Valores de Angola (BODIVA), o dinheiro vai servir para co-financiar o programa de pesquisa do bloco 1/14, avaliado em 250 milhões de dólares norte-americanos.
Em Fevereiro, o presidente da Comissão Executiva da ACREP, Edilson Bartolomeu, sublinhou que o valor vai cobrir cerca de 25% da necessidade de financiamento do projecto que está avaliado em cerca de mil milhões USD.
Recorde-se que a petrolífera vai alienar via Oferta Pública de Venda (OPV) as 300 mil acções detidas indirectamente pelo Estado, por via do Banco de Poupança e Crédito (BPC), bem como a emissão de 600.890 novas acções através de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) para aumentar o seu capital, dirigida ao público em geral e aos trabalhadores.
As 300 mil acções detidas pelo BPC correspondem a 16,63% do capital social da petrolífera, e já estavam previstas no leque de empresas/activos identificados a privatizar no período 2023-2026, no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV). Já a emissão de novas acções via OPS, cujos títulos são emitidos pela primeira vez com objectivo de financiar a empresa com a entrada de novos accionistas, representam 24,99% do capital da empresa. Desta forma, a ACREP faz uma emissão combinada onde serão objecto de oferta 900.890 acções, o que representa uma participação de 41,62% do seu capital social.
Fundada em 2003, a ACREP actua no sector de Petróleo e Gás em Angola e além-fronteiras é marcada com uma estratégia que começou com a exploração petrolífera em campos maduros, a aquisição de 15% de Interesses Participativos no Bloco offshore 4/05, de 5% no Bloco offshore 17/06 e 15% do Bloco terrestre Cabinda Norte, em 2005, 2006 e 2007, respectivamente.
Em 2016, a empresa adquiriu 12,5% Interesses Participativos no Bloco offshore 2/05 e quatro anos mais tarde adquiriu Interesses Participativos de 10% no Bloco 1/14.