O Banco Mundial (BM) disponibilizou 300 milhões de dólares para a implementação em Angola do projeto “Diversifica Mais (D+)” que visa acelerar o processo de diversificação económica do país africano lusófono, foi hoje anunciado.
O projeto, lançado hoje em Luanda sob o slogan “Desbloqueando o Desenvolvimento Nacional”, será implementado durante seis anos em todo país, com foco no Corredor do Lobito (ligação ferroviária que atravessa Angola até à República Democrática do Congo), sob tutela do Ministério do Planeamento angolano.
De acordo com o secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, o “Diversifica Mais (D+)” centra-se na aceleração da diversificação económica “sustentável e geograficamente equilibrada” do país, tendo como principal ator o setor privado.
A melhoria do ambiente regulatório e institucional para o comércio, registo e crescimento de empresas e os serviços financeiros, especialmente para empresas detidas ou geridas por mulheres, constitui um dos objetivos do projeto, eixo que deve absorver 40 milhões de dólares.
Para a catalisação de investimentos públicos e privados, com vista à estruturação e implementação de parcerias público privadas, como em infraestruturas produtivas como o Corredor do Lobito, as autoridades preveem investir 130 milhões de dólares (119 milhões de euros).
A melhoria do acesso ao financiamento e das capacidades das empresas, referiu Ivan dos Santos, constitui o terceiro objetivo deste projeto, segmento em que vão ser aplicados 115 milhões de dólares (105,4 milhões de euros), sendo que a gestão do projeto e a respetiva capacitação deve absorver 15 milhões de dólares (13,7 milhões de euros), do montante global disponibilizado pelo BM.
“Deste processo, espera-se, entre outros, a redução em 20% do tempo de liberação ou desalfandegamento de mercadorias, a utilização de ferramentas de automação para o comércio internacional”, referiu o secretário de Estado para o Investimento Público angolano.
Com a implementação do “Diversifica Mais (D+)”, adiantou ainda o governante, espera-se impactar diretamente 12 mil empresas privadas, três infraestruturas produtivas adjudicadas e 250 empréstimos facilitados pelos projetos, dos quais 66 deverão ser referentes a micro, pequenas e médias empresas controladas por mulheres.