O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê elevar a exposição ao Euro, numa decisão explicada pelo regresso às taxas de juro positivas no bloco monetário europeu e a factores geopolíticos que têm levado os bancos centrais a diversificarem as reservas.
“O BNA pretende aumentar a exposição ao Euro, mas não necessariamente em detrimento de outras moedas”, declarou o banco central num comunicado citado pela Reuters.
“Durante uma década, o Euro esteve numa posição negativa em termos de taxas de juro, mas recuperou a partir do ano passado, oferecendo taxas atractivas”, acrescenta o documento, apontando essa evolução como a razão pela qual o BNA optou por elevar a exposição à moeda europeia.
O petróleo, comercializado nos mercados mundiais em dólares norte-americanos, é a principal fonte de receitas em divisas do país, o segundo maior exportador africano, depois da Nigéria.
De acordo com a fonte, a mudança segue uma tendência ampla, em que cerca de um em cada cinco dos 75 bancos centrais inquiridos pelo grupo de reflexão OMFIF, com sede em Londres, prevê um aumento das participações em euros nos próximos dois anos.
As reservas internacionais líquidas de Angola subiram, situando-se em 14,733 mil milhões de dólares no final de 2023, o equivalente a 7,5 meses de cobertura de importações, de acordo com dados do BNA.