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O Instituto Nacional de Estatística (INE), que tem como director-geral José dos Santos Francisco Calengi, prevê este ano gastar pouco mais de 23 mil milhões de kwanzas com a compra de Tablets para o Censo 2024, soube a Outside através o mapa de gastos daquela instituição.
Convertidos em dólar norte-americano, o custo total dos tablets é de mais de 28 milhões, segundo o câmbio do dia do Banco Nacional de Angola.
Segundo o Plano Anual de Contratação consultado por esta revista, o INE, pretende comprar 60 e 540 tablets, sendo que cada unidade vai custar aos cofres daquela instituição 384 mil e 393 kwanzas, cerca de 500 USD por cada equipamento. Além dos tablets, com os bilhetes de passagem do pessoal afecto as formações e os consultores, o INE estima gastos de mais de 185,5 milhões Kz.
Nove mil milhões e 265 milhões de kwanzas é o valor a ser gasto para a compra de viaturas para o Censo 2024, lé-se no documento consultado pela Outside. O Censo que se avizinha está a ser financiado, maioritariamente, pelo Governo, mas conta também com algum apoio financeiro do Banco Mundial e assistência técnica do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).
A realizar-se em todo o território nacional, nas 18 províncias, 164 municípios e 562 comunas, distritos, bairros e aldeias; nas áreas urbanas e rurais. A recolha terá uma duração de 30 dias, o Censo 2024 arranca no dia 19 de Julho próximo.
Para este processo, o INE está a preparar o Censo 2024 conforme as orientações das Nações Unidas, seguindo o documento “Princípios e Recomendações para os Recenseamentos da População e Habitação” Versão 3. Apesar da existência de algumas áreas de difícil acesso e limitações na comunicação via internet e de voz, as condições logísticas e humanas existentes garantem um processo normal, principalmente tendo em conta a experiência do Censo realizado em 2014 pelo INE com a participação dos diferentes departamentos ministeriais e toda a sociedade civil, segundo avançou José Calengi à imprensa em Agosto de 2023.
São para já quatro os países associados ao recenseamento da População e Habitação de 2024, nomeadamente Brasil, África do Sul, Portugal e Cabo Verde, um processo a ser realizado em simultâneo.
Depois de 2014, Angola voltará a realizar um recenseamento geral da população, cumprindo, desta forma, a prática de que este exercício deve ser feito, pelo menos, a cada dez anos. O Censo de 2024 vai ser o terceiro da história do País, já que o primeiro foi realizado em 1970, cinco anos antes de Angola se ter tornado independente de Portugal.