A Huawei e a Amazon anunciaram nesta terça-feira um acordo plurianual de licenciamento de patentes que resolve processos da chinesa contra a companhia norte-americana.
A Huawei, a operar em Portugal desde 2004, e a Amazon celebraram hoje um acordo plurianual, global, de licenciamento de patentes.
O acordo contorna as restrições dos EUA e resolve os litígios entre as empresas chinesa e norte-americana que existem desde 2022. Os termos do acordo não foram revelados.
Alan Fran, Head do Intellectual Property Rights Department da Huawei anunciou em comunicado que a empresa tecnológica “tem o prazer de trocar direitos de patente com a Amazon”, e explica que este licenciamento “expande o número de empresas que podem usar o que, de outra forma, seriam tecnologias exclusivas”. Algo que, consequentemente, “fornece aos consumidores produtos e serviços mais inovadores”, acrescenta.
Já o Vice President de IP da Amazon, Scott Hayden, fala num “enunciar de respeito pelo portefólio mundial de patentes, as inovações e os contributos da Huawei para o processo de padronização”.
Além disso, refere especificamente que “a Amazon também respeita os esforços da Huawei para licenciar as suas patentes a empresas como a Amazon, que utiliza frequentemente as normas técnicas da indústria quando trabalha no desenvolvimento de novos produtos e serviços para os clientes”.
Sabe-se ainda, segundo o PCT Yearly Review 2023, que a Huawei foi, pelo sexto ano consecutivo, o principal requerente de patentes, contabilizando um total de 7689 pedidos publicados em 2022.
“Foi também a tecnológica que criou o maior número de famílias de patentes orientadas para o estrangeiro através do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes entre 2017 e 2019, com a criação de 9.092 famílias desta categoria”, acrescenta a a Huawei.
No fim do ano passado a Amazon chegou a ser proibida judicialmente de vender routers na Alemanha por o tribunal considerar que foi violada uma norma europeia sobre patentes.
O acordo entre Amazon e Huawei mostra que as empresas norte-americanas estão a tentar cooperar com as chinesas o que é uma reviravolta.