O Governo do Bengo promove hoje, 7, na cidade de Caxito, uma Conferência Provincial sobre a Produção do Café. A ideia é resgatar a mística do cultivo do “bago vermelho”, que já dominou a economia nacional.
O evento vai decorrer no auditório “General Foguetão”, na Açucareira, e tem como objectivo divulgar as potencialidades da cultura do café robusta. Visa também criar um espaço de intercâmbio de experiências entre países produtores. O regresso à produção do café em grande escala no Bengo é visto com “bons sinais”, uma vez que o país já ocupou o terceiro lugar na produção mundial.
A aposta na revitalização da produção do café, na província do Bengo, passa pelos municípios do Triângulo dos Dembos, que inclui o Bula Atumba e Pango Aluquém, locais em que estão disponíveis grandes fazendas, água em abundância, e mão-de-obra para o efeito.
A Primeira Conferência, nos vários painéis de debate, vai discutir temas como o “Papel da Cooperativa de Recafé, no relançamento da cultura do café na província do Bengo”, a “Experiência da empresa JMV da Gabela”, a ” Torra de café, um caso de sucesso”, a “Experiência da empresa Angonabeiro”, “Cadeias de valores, “Processamento e Comercialização do Café Feito em Angola”.
O debate abordará, ainda, o papel da banca angolana e fundos de desenvolvimento no relançamento da cultura do café no Bengo.
No histórico, a produção do café teve o início no continente africano, concretamente na Etiópia, mas foi a Europa que se responsabilizou em difundir o consumo em todo mundo.
Em Angola, o café já é cultivado desde os primórdios de 1835 nas províncias do Cuanza-Norte e Cuanza-Sul, nos municípios do Cazengo (1890)e Amboim (desde 1905) e também em Cabinda.