A Autoridade de Investimento da Líbia assinou recentemente um acordo com a petrolífera britânica British Petroleum (BP) para expandir o seu projeto de exploração no Golfo de Sirte (este) e na bacia de Ghadames (sul).
Num comunicado, a autoridade (LIA, na sigla em inglês) referiu que esta iniciativa é um dos maiores projetos de exploração na Líbia, uma vez que inclui reconhecimento em terra e no mar, apoiando, ao mesmo tempo, as energias renováveis para reduzir emissões.
O acordo, que foi assinado na sede da BP no Cairo (Egito), vai ser implementado com a empresa italiana Eni e a National Oil Company (NOC), dependente do governo de Tripoli e que gere as receitas petrolíferas do país, principal fonte de financiamento estatal.
A NOC revelou que a produção diária da petrolífera líbia Zallaf é de 7.000 barris por dia de petróleo bruto no campo de Erwan (sudoeste), enquanto continua o seu trabalho de desenvolvimento em Atshan, perto da fronteira com a Argélia, bem como a construção de uma nova refinaria no sul.
Por outro lado, a Nafusa local atingiu 3.000 barris de petróleo bruto por dia no campo de Hamada (centro).
Na semana passada, na Cimeira Económica e Energética de Trípoli, o Ministro do Petróleo e Gás, Mohamed Aoun, alertou que o país precisa de combustíveis fósseis até 2045, enquanto 30% do território — que tem grandes reservas de petróleo e gás — “ainda é desconhecido”, incentivando os seus sócios a ampliarem os investimentos.
A Líbia produz atualmente cerca de 1,4 milhões de barris por dia, embora os campos de petróleo estejam expostos à instabilidade política desde 2011 após a queda do ditador Muammar Gaddafi e à interrupção intermitente das exportações.