O grupo terrorista recentemente dado como célula adormecida pelos analistas de Relações Internacionais, O então “Estado Islâmico” assumiu a responsabilidade por mais um bombardeio no Irão na quarta-feira. Dizimou pelo menos 84 pessoas que iam a caminho ao memorial para Qassem Suleimani, ex-general de topo do Irão que foi alegadamente morto por ataque de drone em 2020 pelos EUA, na altura governava Donald Trump.
Durante o ataque decorria uma procissão que iria honrar o quarto aniversário da morte do general iraniano Qassem Soleimani, mártir do irão por ter sido assassinado. A acção terrorista agora reivindicada pelo “IS” (acrônimo em inglês Islamic State), culminou num trágico ataque surpresa nesta quarta-feira, 03 de Janeiro de 2023. Ao menos 103 pessoas morreram e 141 ficaram feridas na cidade de Kerman, no sul do Irão, depois de duas bombas explodirem próximo ao local de sepultamento do líder militar. O caso foi tratado como “ataque terrorista” pela TV estatal iraniana, horas depois o governo iraniano tinha lançado em comunicado de imprensa que foi um ataque perpetrado pelos EUA e o Israel.
Os EUA responderam a posterior que não tem nada a ver com o ataque e que nem Israel tinha algo a ver. Sendo então o grupo extremista Estado Islâmico que reivindicou a autoria das ações.
Até o momento, o governo iraniano decretou luto nacional, numa altura em que no médio oriente decorre a guerra Israel versus Hamas, na Faixa de Gaza, que começou com ataque do Hamas a terra santa, a 07 de outubro de 2023.
Entretanto, um representante do estado norte-americano iniciou nesta quinta-feira, 04 de janeiro, uma nova deslocação diplomática ao Médio Oriente, com uma paragem no Estado de Israel previsto para a próxima semana. A visita acontece numa altura em que crescem os receios de uma escalada da guerra, depois do ataque no Líbano que matou o número dois do Hamas e do atentado no Irão onde morreram mais de 80 pessoas.
Segundo um responsável norte-americano ouvido pelas agências de notícias como a France Press, Blinken ao deslocar-se em viagem para além de Israel, vai visitar a Cisjordânia, Turquia, Grécia, Jordânia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Egipto.
Havendo assim, a preocupação dos EUA em manter a sua geopolítica e geoestratégia com diplomacia proxi sem se envolver directamente nos conflitos actuais no médio oriente, tanto diplomático, tanto como a guerra directa na Faixa de Gaza. Um ponto crucial a dinâmica dos EUA no seu isolacionismo usando apenas a persuasão e dissuasão com “soft power.” Numa altura em que com a reivindicação do Estado Islâmico ao atentado no irão vem despertar a arena internacional em se preocupar com a situação urgente no médio oriente.