Morte de Rui Mingas consterna personalidades de lés a lés

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O músico e compositor Rui Alberto Vieira Dias Mingas faleceu, esta quinta-feira, aos 84 anos, vítima de doença, em Lisboa, Portugal. O seu passamento físico causou comoção nacional e deixou consternado personalidades dentro e fora do país. O Presidente da República, João Lourenço, manifestou as suas condolências à família, pelo falecimento do músico e nacionalista que também foi galardoado com o Prémio Nacional de Cultura e Artes em 2015.

Numa nota divulgada à imprensa no mesmo dia, o Chefe de Estado refere que foi com profundo sentimento de tristeza que tomou conhecimento da notícia do falecimento do músico Rui Mingas, “personalidade de grande prestígio que em várias frentes e em diversas funções representou com talento, competência e dignidade o nosso país.”

Por sua vez, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, afirmou, em outra nota divulgada no mesmo dia, que a obra de Rui Mingas perdurará na memória colectiva dos angolanos.

Ainda na quinta-feira, a embaixada de Angola em Portugal, órgão que também foi dirigido pelo malogrado, emitiu uma nota de pesar. No comunicado, a embaixadora recorda que Rui Mingas, “juntamente com Manuel Rui Monteiro, foi o autor da letra do hino nacional de Angola, o Angola Avante. Foi, também, além de político, deputado no Parlamento angolano, diplomata, poeta e compositor”.

Enquanto isso, nas redes sociais multiplicam-se mensagens de condolência e outras manifestações de carinho e saudade. O artista Paulo Flores escreveu na plataforma Instagram: “Deixou-nos um dos gigantes da nossa música e da nossa identidade. Os meus sentidos pêsames à família. Descansa em paz”.

O Governador de Luanda, Manuel Homem, também usou em primeira instância as redes sociais, ainda na quinta-feira, para, de forma breve, deixar a seguinte mensagem: “Descanse em Paz, Rui Mingas! Fica a lembrança eterna do Angola Avante, o hino da Pátria que nunca mais o esquecerá”. “Obrigado mestre, descansa em paz”, escreveu o notável Dj Dias Rodrigues em outro post.

“Recebo com grande tristeza a notícia da sua morte. Um artista incontornável, nome maior da música popular urbana angolana. um intérprete extraordinário do nosso cancioneiro. Que a sua música e musicalidade sejam preservadas; que nos lembremos e cantemos Rui Mingas. Nas cidades e nos campos, à volta da fogueira”, lamentou o jornalista Jacinto Malungo.

Num retracto e ao lado do “Dr. Rui Mingas”, como preferiu tratá-lo, Yola Semedo não só lamentou, mas também, agradeceu por ter conhecido pessoalmente o cantor: “Muito obrigada pela honra que me concedeu, de conhecê-lo pessoalmente”.

“Custa acreditar, descanse em paz pai grande, tive o privilégio de lhe dizer na cara que era super fã e que o amava, tive a honra de ouvir a voz dele pessoalmente a tecer algumas palavras de incentivo a mim. Obrigada por tudo. Pêsames a toda a família, muita força”, escreveu Ary.

Consta ainda da lista de agradecimentos ao co-autor de “Angola Avante, hino nacional, e lamentações, nomes como Sandra Cordeiro, Pedro N´zagi, Mara D`Alva, Miguel Buila, GM, Filho Do Zua, Lawilca, Kid MC, Puto Portugês

Rui Mingas nasceu a 12 de Maio de 1939, tendo-se distinguido na juventude, no atletismo, particularmente, no salto em altura e nos 110 metros barreiras em Angola e Portugal.

A conduta política de militante activo do MPLA levou-o a compor poemas de nacionalistas angolanos como Viriato da Cruz, Agostinho Neto, Mário António e António Jacinto. 

Da obra discográfica, destacam-se “Cantiga por Luciana”, “Poema da farra”, “Makezu”, “Muadiakimi”, “Birin birin”, “Monagambé”, “Adeus à hora da partida” e “Meninos do Huambo”.

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