SVB Financial Group constituiu sociedade em Portugal em novembro de 2022. Tinha como objetivo a prospeção de investidores e captação de clientes. Fechou um ano depois da sua criação.
grupo financeiro norte-americano que detinha o Sillicon Valley Bank (SVB), intervencionado pelas autoridades em março após uma corrida aos depósitos, encerrou nos últimos dias do ano passado a subsidiária que tinha em Portugal desde 2022.
A SVB Capital Portugal foi formalmente dissolvida no passado dia 28 de dezembro, de acordo com o portal de atos societários do Ministério da Justiça consultado pelo ECO.
Esta empresa era detida a 100% pelo SVB Financial Group, com sede em Nova Iorque, EUA. Este grupo financeiro tinha como principal ativo o SVB, conhecido como “o banco das start-ups” e que foi resgatado pelo fundo de garantia de depósitos em março depois de uma corrida intensa aos depósitos ter deixado a instituição financeira à beira do colapso e quando se temia um efeito sistémico agravado pela subida repentina das taxas de juro.
Constituída em novembro de 2022, a SVB Capital Portugal tinha como atividades principais a prospeção de investidores profissionais no mercado nacional com o objetivo de captar clientes para os seus serviços de intermediação financeira, incluindo a receção e transmissão de ordens, colocação e consultoria sobre instrumentos financeiros.
Das mais de 160 empresas que o SVB Financial Group detinha, Portugal era uma das poucas subsidiárias com jurisdição fora dos EUA, estando presente ainda no Reino Unido, Índia, Israel, Irlanda, Canadá, China e Ilhas Caimão, de acordo com o último relatório e contas do grupo.
O SBV acabou por ser vendido ao First Citizens Bank no final de março, mas o maior colapso de um banco americano desde a crise financeira de 2008 gerou repercussões que foram sentidas em todo o mundo, tendo empurrado o Credit Suisse para uma situação caótica e cuja queda teve de ser amparada pela fusão com o eterno rival UBS.
Por causa da queda do seu banco, o SVB Financial Group acabou também por avançar com um pedido voluntário para uma recuperação judicial ao abrigo do Capítulo 11 do Código de Falências dos EUA.