José de Lima Massano inaugura projecto avícola com capacidade para criar 412 mil aves em 45 dias

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O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, inaugurou, neste sábado, o projecto avícola das Forças Armadas Angolanas que está a ser implementado pelo grupo empresarial Jampur, na comuna de Quizenga, no município de Cacuso, em Malanje.

Numa primeira fase, o projecto conta, em Malanje, com 20 naves com capacidade para criar três mil pintos.

Ao todo, o projecto avícola das Forças Armadas Angolanas contempla a instalação de 140 naves para a criação de aves, sendo 60 em Malanje, e as restantes 80 no município de Lucala, na província do Cuanza-Norte, num investimento global de 50 milhões de dólares, e gerar cerca de 800 postos de trabalho directos e 2.000 indirectos.

No acto de inauguração, em que participou o governador de Malanje, Marcos Nhunga, e o ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto dos Santos, o ministro de Estado avançou que o projecto se enquadra no processo de diversificação da economia nacional.

Garantiu que o Executivo vai continuar a prestar todo o apoio necessário para que a empresa Jampur, executora do projecto, possa, a curto prazo, contribuir para que o país atinja a auto-suficiência alimentar.

Neste contexto, o governante convidou a empresa a desenvolver iniciativas em vários sectores, com realce para o da Agricultura, principalmente na produção de arroz, cujo défice constitui um dos principais desafios que o país pretende ultrapassar.

Actualmente, Angola importa 600 mil toneladas de arroz, contra menos de 40 mil toneladas do cereal que é produzido internamente.

O governante referiu que a parceria entre as Forças Armadas Angolanas e o grupo empresarial Jumpar vai contribuir para o desenvolvimento económico e social do país, com realce para a criação de vários postos de trabalho.

“O que estamos a verificar no domínio Agrícola é que temos uma dependência muito grande, pois os números são elevados, o país importa 300 mil toneladas por ano de carne, e produzimos pouco mais de 22 mil toneladas de carne de frango por ano”, informou o ministro de Estado para a Coordenação Económica, tendo frisado que em 2024 o objectivo é atingir uma produção avícola que contribua para a auto-suficiência.

Frisou que o Executivo angolano tem estado a registar várias manifestações de interesse dos empresários de investir em todos os sectores, com realce para o produtivo. Avançou que há, igualmente, iniciativas no conjunto de produtos que pesam nas contas externas, como é o caso do açúcar, em que as capacidades do consumo interno atendem apenas 40 por cento das necessidades do mercado. Outro produto que requer mais investimentos, a par do açúcar e do arroz, apontou o óleo alimentar, onde já há iniciativas que poderão contribuir para que dentro de dois anos os resultados sejam visíveis.

“Algumas medidas anunciadas este ano entram em força apenas em Janeiro de 2024, com a aprovação do Orçamento Geral do Estado e outras acções legislativas, como a desburocratização para o exercício da actividade económica do país, através do projecto Simplifica 2, aliada às facilidades que a AIPEX oferece para quem quer investir no país, devendo outros aspectos serem resolvidos no âmbito do sistema financeiro, e que seja dada maior atenção para quem quer produzir”, sublinhou.

Capacidade alimentar garantida

O director interino do Centro de Investimentos da Segurança Social das Forças Armadas Angolanas, Fábio Belo, explicou que os sete blocos avícolas concebidos pelo Ministério da Defesa Nacional, em colaboração com a empresa Jampur, visam contribuir para a sustentabilidade logística e alimentar das FAA, bem como o enquadramento socioeconómico dos ex-militares e militares desmobilizados, bem como a geração de empregos.

Em Malanje, o projecto conta com uma capacidade de 412 mil aves por cada ciclo de 45 dias, devendo empregar 210 trabalhadores, incluindo ex-militares e a população em geral.

Actualmente, o projecto criou 30 empregos directos, tem uma produção de 15 mil aves nas 19 naves e um matadouro na região de Quizenga.

“O sector da Defesa tem a necessidade de continuar a produzir e garantir que a força militar em tempo de paz possa contribuir para a economia nacional”, referiu.

A iniciativa terá 139 naves para engorda, sendo que uma já foi transformada em abatedor com capacidade para 4.000 frangos para o fornecimento às FAA.

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