A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) está a estudar a criação de um mercado de mercadorias para transacionar produtos agrícolas e ajudar a financiar este setor, anunciou um responsável da entidade.
Segundo Nivaldo Matias, diretor do departamento de desenvolvimento de mercados da Bodiva, que falava hoje num encontro com jornalistas, a Bodiva quer ser um parceiro estratégico no sistema financeiro angolano e estar ao serviço da economia.
Está por isso a avaliar novos mercados que possam ajudar a solucionar alguns problemas, nomeadamente riscos cambiais.
Já em 2024, pretende lançar um mercado cambial que está a ser preparado com outros intervenientes como o Banco Nacional de Angola (BNA) e a banca comercial “para mitigar o risco cambial” e dar mais “tranquilidade aos contribuintes angolanos e investidores estrangeiros”, introduzindo instrumentos que possam proteger os seus interesses.
Na mesma perspetiva, a Bodiva está a estudar a criação de um mercado de mercadorias “para transacionar na nossa praça financeira produtos agrícolas produzidos no nosso país”, salientou.
Nivaldo Martins considerou que este é um mercado essencial para Angola e que pode atingir grandes volumes de negociação.
Os responsáveis da Bodiva estão a recolher experiências de outros países onde já existem bolsas do género, como a Etiópia e criaram já um grupo de trabalho para preparar o projeto.
Raul Dinis, diretor do departamento de Negociação, adiantou à Lusa que entre os produtos que poderão ser incluídos numa fase inicial estão o sal, o trigo e o milho, cujo preço será definido pela oferta e procura do mercado.
Em, 2024, deverão decorrer os estudos, levantamento e preparação do projeto que, idealmente, será lançado em 2025, indicou.