Uma missão do Banco Mundial avaliou, quarta-feira, em Malanje, o grau de implementação do Programa de Produtividade Agrária para África Austral (APPSA), que contempla Angola e Lesotho, com um financiamento global de 50 milhões de dólares, a ser executado até 2025.
Encabeçada pelo chefe da missão do Banco Mundial em Angola, Aniceto Bila, a delegação constatou o arranque das obras do Centro Regional de Liderança da Mandioca, localizado na estação experimental agrícola na zona do Camibafu, arredores da cidade de Malanje, avaliado em mais de 4 milhões de dólares. A infra-estrutura, cujas obras vão ser executadas em seis meses, comporta escritórios, área de estufas e de laboratórios, para além de outras dependências próprias de apoios como oficinas de mecânicas.
A missão de apoio à implementação do Projecto APPSA, que trabalha desde terça-feira em Malanje, é integrada por representantes do Banco Mundial, do Centro de Coordenação da Investigação Agrária e Desenvolvimento da África Austral (CCARDESA), que estabelece a coordenação técnica e científica. Em declarações à imprensa, o coordenador do projecto de produtividade agrícola para África Austral, Joaquim César disse que a missão do Banco Mundial procedeu a análise dos ensaios de campo que incluem as culturas de milho, feijão e mandioca, bem como avaliar as obras do centro de liderança da mandioca, principal investimento do programa.
Joaquim César destacou a dimensão do empreendimento no apoio à investigação da cultura da mandioca em Angola e além fronteira. Explicou que o APPSA é um projecto concebido pelo Governo angolano financiado com 50 milhões de dólares, dos quais 25 milhões a serem aplicados em Angola, e igual montante para o Lesotho. O responsável lembrou que, ao todo, estão em execução 39 projectos de investigação e desenvolvimento iniciados em 2021, e que abarcam três lotes.
Frisou que já são visíveis os resultados a nível dos primeiros oito projectos que envolveram as culturas da mandioca e feijão.
Estes projectos, acrescentou, tem um impacto positivo por estar orientado essencialmente para a agricultura familiar daí que tem sido realizadas actividades que contribuem na disseminação de tecnologias, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agrário e consiste nas demonstrações que são feitas pelos investigadores junto dos camponeses e agricultores organizados em Escolas de Campo e cooperativas.