O volume de investimento da União Europeia (EU) em Angola ronda os 9%, revelou esta Sexta-feira, em Luanda, o presidente do conselho de administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) do país lusófono africano, Lello Francisco.
“Os investimentos da União Europeia em Angola são muito incipientes, se tivermos em conta as capacidades da União Europeia e as potencialidades de Angola”, disse o responsável, durante o 2° Fórum de Negócios Angola-União Europeia, que decorre sob o lema “Global Gateway: Oportunidades de Negócio para Angola e para a União Europeia”.
Questionado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA sobre as razões do fraco investimento da União Europeia, Lello Francisco ressaltou que o país deve continuar a trabalhar para criar as melhores condições possíveis de negócios.
“É preciso assegurar um ambiente bom para quem decide investir em Angola. Nos últimos cinco anos, há um empenho do Executivo, através de reformas importantes na economia, no sentido de nos tornarmos mais competitivos, mais transparentes e atrair o investimento da União Europeia no país”, referiu.
Por sua vez, a recém-acreditada embaixadora da União Europeia em Angola, Rosário Bento Pais, fez saber que o interesse de Angola em atrair investimento europeu é significativo.
“Enquanto principal parceiro de investimento no país, a União Europeia está empenhada em apoiar os esforços de Angola para melhorar o ambiente de negócios, diversificar a sua economia e melhorar as suas infra-estruturas”, sublinhou.
Em linha com os objectivos da estratégia Global Gateway da União Europeia e com a agenda de diversificação da economia de Angola, o 2° Fórum de Negócios Angola-União Europeia está centrado nas cadeias de valor estratégicas do agronegócio e das pescas e nos sectores da digitalização, transportes e logística, energia verde e matérias-primas críticas.
No entanto, a estratégia europeia Global Gateway mobilizará até 300 milhões de euros em investimentos, através de uma abordagem Team Europe, reunindo a União Europeia, os seus Estados-membros e as suas instituições financeiras e de desenvolvimento, para que os investimentos afectuados tenham um impacto transformador.