Programa de estágios profissionais pretende aumentar participação das mulheres na indústria petrolífera em Angola

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A Associação de Empresas Autóctones para Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) em parceria com a plataforma Muhatu Energy Angola (MEA) fará o lançamento, no próximo dia 16 do corrente mês, em Luanda, do programa de estágios profissionais denominado Ubuntu.

Destinado às estudantes finalistas dos cursos técnico-profissionais, o programa de estágio Ubuntu tem como objectivo principal proporcionar às estudantes a oportunidade de emergir no ambiente de trabalho real, onde enfrentarão os desafios diários e aplicarão seus conhecimentos teóricos em situações práticas.

O programa Ubuntu tem um olhar para a diversidade de género no sector, por esta razão, o mesmo destina-se exclusivamente para estudantes do sexo feminino. Actualmente, a inclusão de mulheres na indústria petrolífera representa apenas 22% da força de trabalho total, com uma ainda mais baixa representação de 8% nas áreas técnicas. “Esses números sublinham a necessidade premente de criar oportunidades significativas para as mulheres na indústria de energia”, refere Berta Rodrigues Issa, Vice-presidente da ASSEA.

Na primeira fase do programa, o público-alvo será composto pelas estudantes do Instituto Nacional de Petróleos (INP) e do quarto ano ou finalistas do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC). As mesmas começarão por absorver noções sobre o funcionamento e regras de organização, aprendizado sobre os ISOs (Standartização Internacional da Organização), cultura e estratégia da organização. Durante os estágios também irão se inteirar sobre os procedimentos usados, introdução à higiene, segurança e ambiente, bem como as Key Performance Indicators (KPI).

Espera-se que no final as mulheres beneficiárias deste programa tenham desenvolvido aptidões sociais e de comunicação, essenciais para colaborarem eficazmente com colegas de equipa e cumprirem as normas profissionais. “As estagiárias adquirirão conhecimentos práticos em técnicas reais de engenharia, bem como habilidades para trabalho de campo, seguindo todas as regras e regulamentos aplicáveis. Poderão igualmente Identificar áreas específicas que requerem crescimento pessoal ou profissional e estarão mais bem preparadas para enfrentar esses desafios. Sentir-se-ão mais confiantes e preparadas para assumir uma posição profissional no sector de óleo e gás, caso surja uma oportunidade de contratação”, acrescenta Janice Faria, Directora Executiva da Enagol, uma das empresas que está a proporcionar estágio às estudantes.

O programa de estágio Ubuntu será remunerado e terá a duração de três meses. As candidatas serão seleccionadas com base no desempenho académico, paixão pela área técnica e desejo de fazer a diferença na indústria petrolífera.

“Ao oferecer oportunidades igualitárias de formação e desenvolvimento de carreira, estamos comprometidos em ajudar a transformar a paisagem da indústria petrolífera em Angola e criar um ambiente mais inclusivo e diversificado”, Concluiu Berta Rodrigues Issa, Vice-presidente da ASSEA.

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