Luanda acolhe nos dias 26 e 27 de Outubro, o Fórum RH Angola. Sob realização da ATITTUDE, a 3ª edição do evento reúne profissionais locais e internacionais, que – juntos – acreditam que podem criar impacto e contribuir de forma positiva para o sucesso das organizações onde trabalham. Em entrevista, a empreendedora moçambicana Marlene de Sousa, fundadora do projecto, revelou detalhes desta edição:
Quais as principais novidades do Fórum RH Angola 2023?
MS: Este além de termos oradores que são profissionais de RH, temos ainda um orador motivacional, português, Paulo Azevedo, sem braços e pernas que vai fazer uma palestra. Teremos também um Keynote Speaker Internacional do País. E algumas outras novidades que iremos deixar que sejam surpresas.
Quantos oradores (nacionais e internacionais) são esperados nesta edição?
MS: Depois de dois anos a realizarmos o evento com apenas um orador internacional, este ano teremos quatro oradores internacionais, de três nacionalidades, nomeadamente do Brasil de Moçambique e de Portugal. Ao evento juntar-se-ão ainda 20 oradores nacionais.
Principais desafios do RH nas organizações para os próximos tempos?
MS: Um dos grandes desafios é fazer com o RH seja mais estratégico e menos administrativo e garantir que a Administração apoie nesta decisão, e que os outros profissionais o vejam desta forma. O outro desafio está relacionado com os avanços tecnológicos e a Inteligência Artificial. Será preciso garantir que os RH consigam utilizar as tecnologias para tornar o trabalho mais eficiente e que não vejam como ameaça. Por último o RH deve ser um facilitador dos gestores de equipas, deve dar todas as ferramentas, conhecimento e técnicas para que cada gestor faça uma gestão eficiente da equipa.
Por que motivo esta edição tem como mote “A Era das Pessoas”?
MS: Este mote tem a ver com o facto de as pessoas serem o activo mais importante das organizações. É preciso conhecer e gostar de pessoas para que possa ter sucesso nas empresas. Porque as empresas são feitas de pessoas. Alguém disse esta frase numa das conferências de gestão de pessoas que estive presente este ano, e simplesmente acredito que não poderia estar mais alinhado com este mote que criámos e acima de tudo com todo o trabalho na gestão de pessoas que tenho desenvolvido em Angola e nos outros Países de Língua Oficial Portuguesa.
Quais os resultados deste tipo de iniciativa na mudança da cultura empresarial em Angola no domínio da gestão e retenção de talentos?
A nossa missão tem como base dar visibilidade aos melhores profissionais e às melhores práticas em cada país por forma a garantir o sucesso das empresas e consequentemente que possam contribuir para crescimento económico dos países. Desta forma, a nossa expectativa é sempre que cada profissional que participe deste evento tenha as ferramentas e os contactos necessários para fazer o melhor, em termos de gestão de pessoas, nas suas empresas. Assim sendo, no que diz respeito a gestão de talentos a. Em relação a retenção, é um tema controverso porque algumas pessoas falam em retenção, mas outras não acreditam que as pessoas devem ser retidas, mas sim motivadas, valorizadas para que se continuem a identificar com os valores e a missão da empresa e que desta forma tenham vontade de se manter a não procurem oportunidades ou mesmo que apareçam prefiram ficar onde estão. No final a nossa expectativa é que a cada edição e a cada história, conhecimento partilhado, cada profissional tenha uma visão diferente daquela que é a sua prática e que possa fazer cada vez melhor.
