O Governo vai continuar a trabalhar para manter a competitividade e os níveis de produção de petróleo bruto acima de 1,1 milhão barris/dia, prevendo licitar mais 50 blocos petrolíferos até 2025, assegurou hoje o Presidente da República, João Lourenço.
Ao apresentar a Mensagem sobre o Estado da Nação, na Assembleia Nacional, o Titular do Poder Executivo angolano perspectivou estabilizar e dinamizar a actividade produtiva do crude, de modo a atenuar o declínio acentuado da produção, registado nos últimos anos.
Para a concretização desse desafio, no curto e médio prazo, o Chefe de Estado destacou os projectos “Ndola Sul”, com uma capacidade de produção de 20 mil barris/dia, e “Agogo Fuel”, para a recuperação de 490 milhões de petróleo bruto.
Fazem, igualmente, parte desse desafio, apontou, os projectos “Begónia”, com capacidade para produzir 30 mil barris/dia, “Cameia” e “Golfinho”, que irão concretizar o primeiro projecto de desenvolvimento petrolífero na Bacia do Kwanza e em águas profundas, respectivamente.
Com isso, avançou, as receitas do petróleo deverão passar a ser menos usadas para o consumo de bens e serviços, mas para despesas de fomento à diversificação e promoção da economia não petrolífera.
A produção de petróleo em Angola já atingiu níveis de 1,8 milhão de barris, em 2015, uma média que foi baixando até as cifras actuais, influenciado, em parte, pela insuficiência de investimentos no sector e paragens não programadas.
Com uma produção de 1,1 milhão de barris/dia, actualmente, o país tem reservas estimadas em nove biliões de barris de petróleo bruto e 5,95 biliões de metros cúbicos de gás.