Software que usa o ANGOSAT-2 permite localizar minerais com precisão

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O Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) apresentou recentemente, em Luanda, às empresas mineiras do país, um conjunto de serviços fornecidos através do ANGOSAT-2, que permitem, entre outros, localizar minerais com precisão, gerar alertas e monitorar a actividade das indústrias.

Trata-se de serviços como resposta sobre o estado de activos mineiros, monitoramento e mapeamento da actividade mineira, bem como sobre o impacto ambiental, dados fornecidos pela aplicação espacial TECH-MINAS, através do satélite angolano (ANGOSAT-2).

O TECH-MINAS é uma solução angolana internacionalmente reconhecida, que visa fornecer produtos e serviços de observação da terra para o sector mineiro. 

Por exemplo, localização da actvidade mineira clandestina, exercida por garimpeiros, de rios, vias rodoviárias e outras soluções. 

Segundo o GGPEN, o TECH-MINAS apresenta inovação ao integrar as mais modernas técnicas e ferramentas de inteligência artificial para permitir melhorar a experiência dos utilizadores no uso de ferramentas web de Sistema de Informação Geográfico (WebGIS).

O TECH-MINAS, de acordo ainda com o Gabinete, oferece vantagens como “optimização de recursos “, redução dos custos operacionais”, “valor agregado na gestão de serviços” e  “pagamento em moeda nacional”, ao contrário de serviços adquiridos pelas empresa no estrangeiro e pagos com divisas.

Além daquela tecnologia, o GGPEN apresentou também a TECH-AGRO e a TECH- ECOLOGIA, duas ferramentas tecnológicas destinadas ao domínio agro-pecuário e ecológico, respectivamente.

Actualmente, segundo o Presidente do Conselho de Administração da ENDIAMA – Empresa Pública, José Ganga Júnior, que co-organizou o workshop com o GGPEN, a tecnologia TECH-MINAS já é utilizada nos projectos mineiros Luaximbo, Samacanda e Luaxe.

O gestor explicou que o evento visou levar ao conhecimento da comunidade de empresas mineiras que actuam no país, serviços já disponíveis em Angola mas ainda adquiridos por muitas empresas a partir de companhias estrangeiras.

Por sua vez, a directora adjunta para a área técnica e científica do GGPEN, Vangiliya Pereira, realçou que a instituição tem uma ferramenta que permite apresentar as melhores soluções para o sector mineiro, conforme a necessidade dos clientes.

“A ferramenta pode ser usada para a situação local, conforme a necessidade dos clientes, e os pagamentos podem ser feitos em Kwanza”, sublinhou a responsável.

Informou também que têm trabalhado com empresas internacionais como a NASA, a fim de que a ferramenta tenha cada vez mais a melhor qualificação.

Pode ser usada para a situação local conforme a necessidade, os pagamentos podem ser feitos em kwanza.

A propósito da apresentação do TECH-MINAS, o empresário Lázaro Manuel, gestor da empresa Lukeni e Alves, referiu que já adquiriram alguns estudos geológicos a partir da Bielorrússia, mas espera assinar um contrato com o GGPEN.

“A tecnologia é muito importante para a obtenção de determinadas informações da mina”, realçou o entrevistado ã margem do workshop.

O GGPEN foi criado para gerir e acompanhar o desenvolvimento do Programa Espacial Nacional e é superintendido pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS). É uma pessoa colectiva de direito público, com personalidade, autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

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