Angola reitera meta de atingir 72 por cento de energia renovável

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 ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reiterou esta quarta-feira, que o Governo angolano quer atingir a meta de 72 por cento de energia renovável, no âmbito da diversificação da matriz energética no país.

O compromisso de Angola com energia renovável até 2025 foi assumido pelo Presidente da República, João Lourenço, em 2021, na Cimeira das Nações Unidas sobre o Clima, em Glasgow.

Assim, a província de Benguela conta, desde Julho de 2022, com duas primeiras centrais fotovoltaicas de 285 megawatts (MW), num investimento acima dos 300 milhões de euros, no quadro da estratégia do Governo de produzir uma energia limpa e barata que pode ajudar a reverter os efeitos das mudanças climáticas.

Intervindo no 12º Conselho Consultivo do Ministério da Energia e Águas (MINEA), que decorre em Benguela, João Baptista Borges mostrou-se convicto na concretização desta meta, tendo em conta a aposta na transição para uma energia limpa e acessível a todos.

No segmento de transporte, o ministro apontou como prioridades a extensão da rede eléctrica nacional, em direcção ao sul e leste, integrando dessa forma no sistema as províncias da Huíla, Namibe, Cuando Cubango, Cunene, Moxico e Lundas Norte e Sul.

Com isso, notou, o número de províncias ligadas à rede eléctrica nacional irá aumentar para 17.

Além de poupar milhões de m3 de combustível todos os anos, o ministro João Baptista Borges estima que este objectivo também permitirá reduzir os elevadíssimos custos de operação e manutenção com as centrais térmicas.

O governante assumiu, ainda, que é necessário, sobretudo, alavancar o acesso à electricidade a milhões de angolanos e empresas localizadas nas áreas a atingir.

Distribuição

O responsável elencou que se pretende atingir os 50% de acesso à electricidade por parte da população, contra os actuais 43% e, para tal, é fundamental que a média de ligações domiciliares anual seja de 250 mil.

Nesse sentido, disse estar projectado o aumento ou expansão das redes tanto na periferia das principais cidades, com maiores concentrações populacionais, como nas áreas onde nunca houve energia eléctrica ou há limitações.

Por isso, lembrou estar aprovado um importante projecto de electrificação das províncias do Leste do país, mais Bié e Malanje, que proporcionará o acesso à electricidade a mais de 900 mil pessoas em 60 localidades.

Reiterou ser objectivo desenvolver o projecto de electrificação do Sul de Angola, compreendendo as províncias do Cuando Cubango, Namibe, Cunene e Huíla, que beneficiará mais de cinco milhões de habitantes em 72 localidades.

“As soluções de electrificação para tais projectos incluem não apenas a extensão de rede, mas principalmente sistemas solares com acumuladores”, assinalou o ministro.

Também enumerou outros projectos em curso, afiançando que a estratégia do sector passa por elevar os níveis de electrificação das províncias com taxas de acesso mais baixas, como Bié e Malanje.

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