A visita dos seis produtores de vinho da Península de Setúbal a Angola foi “um sucesso” e “permitiu reforçar a proximidade com o mercado angolano”. Numa iniciativa da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS), a visita aconteceu nos dias 20, 21 e 22 de Junho, onde ficou bem patente a intenção dos produtores portugueses em retomar o caminho de crescimento de venda de vinho da região em Angola.
Só nos primeiros quatro meses do ano, os produtores da Península de Setúbal exportaram um total de 108.396 litros de vinho com as denominações de origem D.O. Palmela e D.O. Setúbal (Moscatel de Setúbal) e indicação geográfica I.G.P.S. (Vinho regional Península de Setúbal) no território angolano. A totalidade das exportações é superior, se se adicionar Vinho (antigo vinho de mesa).
A expectativa é que, até ao final do ano, os vinhos da região setubalense reforcem a sua presença em Angola, restabelecendo de forma gradual, nos próximos anos, o volume exportado em 2012/2014.
No ano passado, o volume de vendas dos vinhos da Península de Setúbal em Angola fixou-se em 271.822.415,16 kwanzas (350.196 euros).
“O balanço desta visita não podia ser mais positivo. Regressámos a um mercado que nos é muito especial e onde pretendemos fortalecer a nossa presença. Foram três dias muito intensos, com muitos reencontros e contactos, onde tivemos a oportunidade de mostrar o que de melhor se produz na Península de Setúbal”, refere Andreia Lucas, responsável pelo departamento de promoção da CVRPS.
A iniciativa da CVRPS, com vista à promoção dos vinhos da Península de Setúbal em Angola, aconteceu sete anos após a última acção presencial no País, face à crise financeira e cambial e ao período de pandemia.
“Esta visita, e todas as acções nela incluídas, dão-nos boas perspectivas do que poderá ser o futuro na relação entre Portugal e Angola no sector vinícola. O nosso objectivo é exportar cada vez mais o melhor do vinho da Península de Setúbal para o mercado angolano, e nestes ‘Reencontros com Amizade’ tivemos esta oportunidade de criar as bases para potenciar novas oportunidades de negócio e parcerias sólidas com os antigos, mas também com os futuros parceiros”, conclui Andreia Lucas.
Portugal mantém-se destacado como o principal fornecedor de vinho para o mercado angolano, tendo uma quota superior a 84%.
A visita dos seis produtores – Adega Camolas, Adega de Pegões, Bacalhôa Group, Cadeado Wines, Casa Ermelinda Freitas e Sociedade Vinícola de Palmela – incluiu encontros com os canais de distribuição e acções de networking com clientes e parceiros.