Setenta e três mil hectares de terras estão reservados para o cultivo de arroz, trigo e milho, no quadro da implementação do Plano Nacional de Fomento para a Produção de Grãos (Planagrão).
A implementação deste programa do Governo foi analisada na primeira sessão ordinária do conselho da Administração do Alto Zambeze, orientada pelo administrador municipal, Esmael Keshipoco, de acordo com uma nota a que a ANGOP teve acesso este sábado.
Na provincia do Moxico já estão identificados 452 mil hectares, distribuídos em cinco municípios, para a implementação do projecto.
Nestas áreas serão produzidos grãos como trigo, arroz, soja e milho, numa perspectiva de curto e médio prazo (2022 a 2027).
Nesse momento está em curso o processo de remessa de candidaturas de produtos para assegurar a implementação do plano, que contará com o financiamento do Banco de Desenvolvimento Angolano.
O Planagrão passa pelo fomento em grande escala da produção do trigo, do arroz da soja e do milho, a melhoria da produtividade e rentabilidade dos solos, o aumento de empresários agrícolas e o emprego, a promoção da cadeia de valor e garantir uma renda fixa aos produtores.
O Governo de Angola lançou o Plano de Desenvolvimento do Trigo, Arroz, Soja e do Milho, denominado Planagrão, que prevê produzir, a partir de 2027, seis milhões de toneladas desses cereais por ano, contra as actuais cerca de 3,14 milhões de toneladas de grãos.
O plano vai inicialmente ser desenvolvido nas províncias do Moxico, Lunda Norte, Lunda Sul e Cuando Cubango, numa aérea de dois milhões de hectares.
Situado 519 quilómetros do extremo leste da cidade do Luena, o município do Alto Zambeze é o segundo mais populoso da província, depois do Moxico (sede provincial), habitado por mais de 100 mil pessoas