Empresas do sector petrolífero, banca e seguros em fase final de preparação para entrada em bolsa

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A Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA) aguarda por mais empresas públicas e privadas a serem cotadas em bolsa, depois do entrada do Banco Angolano de Investimento (BAI) e o Caixa Angola (BCGA).

De acordo com a administradora executiva da BODIVA, Cristina Lourenço, algumas empresas já são públicas e outras por anunciar em função da sua preparação para o efeito.

Entre o leque de empresas privadas, sabe-se que algumas já manifestaram o interesse de entrar na Bolsa como é o caso da então Sociedade Petrolífera Angola (Somoil), actualmente, a Etu Energias, que prevê dispersar cerca de 5% do seu capital, o Banco Millennium Atlântico e outras do ramo dos seguros.

Em termos de empresas públicas, outro conjunto também é aguardado na Bolsa no quadro do programa de extensão do Propriv, com 73 activos e participações, que muitas delas serão alienadas na plataforma. O Governo já garantiu que pretende avançar com o processo de privatização do BFA, UNITEL, ENSA e a TV CABO, ndiama, Sonangol e da própria BODIVA.

Cristina Lourenço que falava à imprensa à margem da cerimónia de assinatura do Memorando de Entendimento entre o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e a sua instituição, referiu que algumas empresas começam já a ser preparadas este ano para sua entrada.

“Do nosso lado temos todas as condições criadas e continuamos a trabalhar junto dessas empresas para que,tão logo estejam preparadas, possam de facto fazer parte da nossa bolsa”, precisou.

Segundo a responsável, existe empresas que têm todas as condições para entrada no mercado, mas tudo depende da decisão dos seus órgãos de gestão, bem como dos seus accionistas, um processo que pode levar algum tempo.

 “Enquanto bolsa, nós podemos encaminhar e encorajar, mas nunca forçar esta entrada na bolsa”, esclareceu.

A par das estratégias, a BODIVA mantém o programa de literacia financeira desde pequenos a grandes formatos de seminários, workshops, juntando as empresas, além de outras iniciativas com investidores e estudantes universitários.

Segundo Cristina Lourenço, as dificuldades das empresas para entrada em bolsa centra-se na preparação da sua governança corporativa.

Para entrada em bolsa existem uma série de requisitos como a capitalização bolsista não inferior a 500 milhões de kwanzas,contas auditadas nos últimos cinco anos, ter o auditor independente, princípios de boa governança corporativa acautelados, entre outras boas práticas.

“Vemos que algumas empresas que têm o interesse de estarem cotadas em bolsa não têm todos os critérios cumpridos, mas fazem sim um esforço de passar a sua contabilidade organizada, ter melhores práticas de governança corporativa e poderem preparem-se para terem as vantagens de financiarem-se por via da bolsa ou a emissão de acções ou obrigações”, observou.

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