Huíla produz 35 kg de ouro no primeiro ano de exploração

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As três empresas que exploração de ouro na província da Huíla, produziram, em 2022, que corresponde ao primeiro ano de actividade, 35 mil 066,76 gramas do mineral, resultado considerado “satisfatório” pelas autoridades.

Trata-se das empresas Lafech que produziu 13 mil 677 gramas, da Mpopo, com cinco mil 067 e da Chicuamona que explorou 16 mil 322 gramas, operadoras em actividade nos municípios do Chipindo e da Jamba, respectivamente a 456 quilómetros a Norte e a 315 a Leste.

A Huíla tem nove empresas de exploração de ouro registadas, delas três estão em actividade, uma em fase de prospecção na comuna da Quilemba, no Lubango e outras cinco em processo de implementação, com a montagem da base e de equipamentos nos municípios de Caluquembe (uma), Chipindo (três) e Cuvango (duas).

Os municípios de Chipindo e a localidade de Tchamutete, na Jamba, são, segundo o director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla, Manuel Machado Quilende, os principais activos desse minério.

Em declarações à ANGOP, no Lubango, o responsável afirmou que no momento as empresas estão só a produzir o ouro e o Corpo Especial de Segurança para Mineral Estratégico (CESME) é que acompanha o transporte para Luanda, local onde é feita a comercialização e transformação.

Declarou que actualmente só a empresa Chicuamona está a trabalhar, tendo em reserva, no seu cofre, dos primeiros três meses do ano em curso, mil 116 gramas de ouro em pó e quatro mil 572 gramas do produto em barra.

Referiu que as outras duas estão paralisadas há alguns meses, sendo que a Mpopo está em processo de substituição de equipamento, com a montagem de uma lavaria de exploração para tratar 200 toneladas de cascalho/hora, sendo que a outra é a Lafech, desde as férias colectivas, ainda não voltou a funcionar por razões desconhecidas.

Em relação aos garimpos nas zonas, Manuel Quilende fez saber que as administrações têm feito acompanhamento das áreas, sensibilizando a população a absterem-se dessas práticas, mostrando os riscos de morte e tem reduzido a actividade ilegal, praticada sobretudo por jovens da comunidade.

Salientou que apesar de muitos sobas nas referidas localidades defenderem a criação de cooperativas para inserção destes jovens na actividade, o responsável afirmou não existir uma lei que aprova tal ideia, só na exploração de diamante que está em decreto presidencial, uma informação de conhecimento das autoridades locais.

“Muitos destes sobas querem aproveitamento. Estamos a prever visitas nos tais municípios para instruir as direcções municipais e as autoridades tradicionais, a fim de reforçarem a sensibilização na comunidade”, continuou.

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