Os resultados líquidos da Nossa seguros saltaram dos 5 mil milhões de kwanzas registados em 2012 para os 6,8 mil milhões de kwanzas em 2022. Um crescimento de mais de 30%, conforme o relatório apresentado ontem, em Luanda pela seguradora.
Conforme os responsáveis, o desempenho positivo fica colado ao bom desempenho fundamental do segmento saúde, “as empresas voltaram a apostar forte na garantia de seguro para os funcionários”, a construção, as viagens e o vida, apesar de se posicionar numa escala inferior no comparativo com os outros.
Os prémios brutos emitidos pela Nossa seguros, ou seja os seguros vendidos, registaram um crescimento de pouco mais de 8 mil milhões de kwanzas, tendo saltado dos 36 mil milhões de kwanzas em 2021, para os 44 mil milhões em 2022.
Um desempenho descrito como positivo pelos responsáveis, que permitiu que o capital próprio da seguradora crescesse mais de 30%, se ficando pelos 21 mil milhões de kwanzas, acima dos 16,5 mil milhões registados em 2021 e conforme os dados da ARSEG, se tornar segunda maior, em termos de quota de mercado, atrás da ENSA.
Acresce a isso, que a Nossa seguros, conforme os dados, viu o seu ROE, taxa de retorno aumentar 2%, saltando dos 34% registados em 2021, para os 36% em 2022, o que pressupõe que a entidade seguradora melhorou na absorção do investimento que faz.
Mas nem tudo são coisas boas nos dados apresentados pela Comissão Executiva, liderada pelo PCE, Alexandre Carreira, ladeado pelos administradores executivos, Marcelo Perdigão e Cristina Nascimento já que a seguradora viu a sua margem de solvência cair 18% de um ano para o outro, mas apesar da queda, situa-se ainda nos 170%, muito acima dos 100%, que o mínimo exigido regulador ARSEG.
A falar especificamente da queda da margem de solvência, o Presidente do Comissão Executiva, Alexandre Carreira, disse que não é dos que defende uma margem de solvência muito acima dos mínimos exigidos, já que, pode ser sinal de que a entidade esteja a usar bem o seu dinheiro.
“Quando a empresa tem muito dinheiro, deve distribuir dividendos aos accionistas ou fazer investimento para rentabilizar”, disse o PCE quando explicava a queda da margem de solvência.
Além da margem de solvência, o rácio das provisões técnicas líquidas também caíram, tendo se posicionado nos 174%, abaixo dos 189% registados no ano de 2021.
Quanto as questões do mercado, e a forma como chega aos clientes, a seguradora avançou que o canal directo ainda é o mais importante, com peso de 60%, apesar de ter registado uma queda de 6%. Segue-se a corretagem que cresceu 11% e tem peso de 31% e por último, a banca, que se ficou pelos 9% de peso, tendo crescido 3%, no comparativo com o ano anterior.