Leite Pascual passa a ser transformado em Angola

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A capital angolana, Luanda, ganhou neste sábado (dia 25) uma linha de transformação e empacotamento do leite Ultra-High Temperature (UHT, sigla inglesa) e em pó, fruto da parceria “Joint Venture” firmada entre a empresa angolana Refriango e a espanhola Pascual.

Inaugurada pelo ministro angolano da Indústria e do Comércio, a unidade fabril prevê produzir seis milhões de litros de leite/ano, numa primeira fase, com perspectivas de expandir a sua produção nos próximos anos.

Com um investimento de cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos, a entrada em funcionamento desta linha de produção permitiu a criação de mais de 150 postos de trabalho, entre especialistas, operadores e administrativos.

Em função da parceria rubricada entre as duas partes, o leite da Pascual passa a ser produzido pela Refriango, no Complexo Industrial do Kikuxi, no município de Viana (Luanda).

Após o acto de inauguração desta infra-estrutura, o ministro da Indústria e do Comércio, Victor Fernandes, aplaudiu a iniciativa das duas empresas, por permitirem a implementação de uma linha de produção de lacticínios no país, facto que permitirá reduzir significativamente a importação de leite em Angola.

Na ocasião, o titular da pasta lembrou que 90 por cento dos lacticínios que os angolanos consomem são importados. Por isso, augurou que sejam alcançados resultados animadores nesta parceria, com vista a redução dos níveis de importação deste produto.

Para isso, prosseguiu, é necessário haver maior interação entre os produtores primários de matéria-prima e os industriais, no sentido de trocarem experiências para que o processo de transformação de laticínios seja feito com a produção nacional.

Além da unidade inaugurada, o governante assegurou que, em breve, diversas fábricas serão inauguradas a nível do país, tendo incentivado o surgimento de mais investidores a apostarem no mercado angolano.

Por sua vez, o director internacional da Pascual, Tomás Melendez considerou Angola como um bom país para se investir, tendo em conta a estabilidade político e social que o território atravessa, assim como o potencial do seu capital humano, constituído maioritariamente por jovens.

Apesar de ainda depender da importação de matéria-prima para transformação do leite Pascual em Angola, o gestor perspectivou a exportação deste produto aos países vizinhos dentro de dois ou três anos.

Referiu que a sua empresa opera em Angola há 25 anos, sendo líder no fornecimento de yogurtes, com uma quota de mercado de cerca de 55% deste produto no país.

Já o director-geral da Refriango, Diogo Caldas, justificou que a sua empresa aceitou este desafio para contribuir na redução das importações que o país regista no domínio dos laticínios, bem com apoiar o desenvolvimento do sector industrial angolano.

Conforme este responsável, esta parceria permitirá, igualmente, desenvolver o sector agro-pecuário do país, criando, essencialmente, oportunidade de negócio para os criadores de gado.

Com mais de três mil trabalhadores, a Refriango é a empresa que lidera o mercado das bebidas em Angola.

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